SEGURANÇA MEDIÚNICA.
O MÉDIUM ANTE O DOENTE.
O instrumento mediúnico que deseja andar com Jesus não pode se esquecer de que tudo o que fizer, deve fazê-lo por amor. O amor é o caminho elevado que garante o equilíbrio da mediunidade, em toda a sua função grandiosa de servir, em variadas diretrizes.
O Evangelho Segundo o Espiritismo nos fala para onde a caridade pode nos conduzir e a instrução nos é dada, em espírito, pelo Apóstolo dos Gentios. É sem nenhuma mescla de dúvida que convidamos todos os médiuns para esse labor divino de benevolência, que não especula, nem exige.
Devemos ter, como norma, se possível todas as semanas, o prazer de visitar os enfermos, levando a eles nossa palavra de consolo e de esperança, para que nasça, em seus corações, aquele ambiente de serenidade que inspira o verdadeiro amor, o mesmo amor idealizado por Jesus, quando disse:
Amai-vos, como eu vos amei.
O doente e como uma flor murcha, em um vaso sem água, e a visita do companheiro que deseja servir de instrumento para os Espíritos superiores constitui o estímulo necessário para a paz das almas sofredoras. Não nos cabe ensinar aos estudiosos esses métodos conhecidos de alegrar os que sofrem, mas apenas lembrar aos irmãos de trabalho o que deve ser feito, para que o nosso dever não fique esquecido, na mente e nos corações.
Há espíritas e médiuns que muitas vezes ficam escolhendo trabalhos para fazer, como uma caridade própria, mas a pressa que notamos em seus exercícios demonstra a desfiguração desse ato divino. Se a caridade é o amor, como poderá ela transformar-se em correria, no desespero de livrar-se de uma coisa incômoda? Meditemos e vejamos se há algo errado dentro de nós, evitando que a consciência, na amplidão do seu domínio, fique impaciente com o que fazemos, sem a ternura requerida pelo ato caridoso. O doente, para nós, deve ser um tesouro precioso, um ponto alto para os nossos deveres, onde vamos nos encontrar com o Cristo, abrindo os braços para nos acolher e nos ensinar as mais sublimes lições.
A mediunidade tem muitas glórias, mas não as glórias que o mundo costuma oferecer. O maior contentamento que provém dela é o de podermos ser úteis, sem que os outros saibam da nossa utilidade, procurando perdoar os irmãos, sem vislumbres de humilhação. Adverte-nos o bom senso de que o silêncio é o melhor ambiente para o esquecimento do mal. O médium que for vítima da maledicência não deve remoer ressentimentos, para não entrar na faixa do perseguidor. Quando oprimido e perseguido, deve procurar, no Evangelho, algo de bom, como por exemplo:
"Quando alguém bater em tua face, oferece-lhe também a outra".
Quando o médium for ferido em sua sensibilidade, deve preparar-se novamente para outras etapas, pois quando estas vierem, já estará firme para o esquecimento de todas as ofensas. Eis aí o perdão, que liberta de todas as tentações das trevas. Não devemos perder a
fé, porque a confiança nos poderes de Deus nos torna maiores diante de todas as investidas do mal e nos fortalece para que consigamos, sempre, livrarmo-nos das emboscadas daqueles que odeiam a luz.
As doenças físicas são as menores. As enfermidades morais são muito mais graves, pois são capazes de nos colocar na inconsciência da própria vida, negando a própria cura.
Médium! O doente deve estar bem visível em tua agenda, como a tua própria família, teus amigos e companheiros de trabalho. É alguém que Deus fez com o mesmo carinho que a ti. O enfermo também pode ter pai, mãe, mulher parentes e amigos. E tu, sendo cristão, deves olhá-lo como um teu semelhante, a quem Jesus pediu para amar.
Quantos desejam ser médiuns e depois esmorecem, no alvorecer do intercâmbio, por notarem, nas primeiras instruções, que certas renúncias podem abalar suas velhas concepções dos enganos assimilados! De fato abalam e, na verdade, não somente abalam, como destroem, cumprindo o papel corretivo para o aprimoramento. Ser médium, segundo o que a doutrina entende e faz entender a todos, é ser ministro do bem. Não é somente ensinar as lições que são recebidas dos bons Espíritos, mas, acima de tudo, viver essas lições. O exemplo é força poderosa na persistência do tempo, que transforma o carvão em diamante.
Os poucos médiuns que persistiram, até o fim das suas tarefas, não esmoreceram com os desenganos de muitos. As estradas largas são muitas. Todavia, as estreitas retribuem com mais luz. Jesus veio ao mundo dar testemunho de fidelidade a Deus, eo deu, levando Sua cruz até o topo do Calvário. Os médiuns que aceitaram a missão de ser discípulos do Mestre haverão de subir, cada um, o seu Gólgota, ouvindo a Sua voz, que ressoa todos os dias em nossos corações:
"Toma a tua cruz e segue-me".
Ninguém segura o progresso, pois ele é lei de Deus, mostrando-nos os caminhos mais saudáveis, fazendo parte da nossa felicidade. Centenas de médiuns, com certo preparo, descem da espiritualidade, renascendo em todo o mundo, como chamados. No entanto, poucos são os escolhidos para a missão de mostrar e fazer clara a mensagem do Cristo. Sugerimos àqueles que podem nos ouvir, através destes simples escritos, que nos abracemos e nos demos as mãos, para formar um todo, em direção a Jesus, sabendo que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, para todos nós, encarnados e desencarnados. Os clarins estão tocando, na eternidade. Não percamos tempo, que o tempo passa e, cada vez mais, as dificuldades ficarão maiores e os problemas mais difíceis. Se existe algum infortúnio em tua vida, a ninguém culpe, mas se a paz da consciência brilha em ti, a conquista étua, e somente tua.
O mundo de amanhã será diferente, como diferente também tu terás de ser. As mudanças são leis que nos forçam a subir, e toda subida carece de suor e sacrifício. E bom que nos lembremos dos que sofrem, como também do que diz o nosso Divino Mestre:
"Bem-aventurados os que sofrem, porque deles é o reino dos céus". E, por estarmos falando aos médiuns, sobre os enfermos, queremos que nos escutes, mais uma vez: não te esqueças dos doentes, porque eles são portas que te levarão para a paz, se tu os visitares por e com amor.
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..
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