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segunda-feira, 19 de março de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER. - N º. 234. - UMA VIDA COM AMOR XXIV. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VI. - UBIRATAN MACHADO.


         CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

                UMA VIDA COM AMOR XXIV.

 UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VI.

                                                               UBIRATAN MACHADO.

         Uma rotina que, trabalho mediúnico à parte, não difere de milhões de brasileiros. Uma rotina que começa cedo na pequena casa cheia de rosas e bichos. A um repórter que certa vez lhe indagou se gostava de rosas, Chico explicou:
         “Os espíritos me pediram que plantasse, ao redor da casa, um certo número de flores. Como gosto de rosas, plantei rosas. Os espíritos explcam que as flores têm um corpo dinâmico que vai até o perfume, embora só vejamos as pétalas. O perfume, cria uma atmosfera balsâmica, propiciando mais recursos para a permanência dos espíritos em nosso meio”.
         Cachorros, gatos e coelhos fazem parte da realidade cotidiana de Chico, que muito os estima. Quem se interessa pela doutrina de Kardec sabe que os espíritos acreditam que os animais têm uma alma. Não tão complexa quanto a do bicho-homem, é lógico. Mas destinada também a ascender numa escala infinita de progresso.
         Se assim for o cachorro Lorde, que Chico possuía ainda em Pedro Leopoldo, tinha uma alma muito especial. Dizia-se que ele, como seu dono, “possuía até dons mediúnicos”. Bastava olhar as pessoas qe visitavam Chico para saber quais os aproveitadores, os sinceros e os simples curiosos. De acordo com o caso, latia com insistência ou abanava a cauda.
         Chico dizia que, na hora da oração matinal, Lorde era seu companheiro infalível. Punha as patas dianteiras em cima da mesa, abaixava a cabeça, parecendo rezar em estado de profunda concentração. Nos momentos de prece mais ardente, o cão olhava para Chico com indisfarçada ternura e chegava a chorar.
         Houve um outro cachorro,também em Pedro Leopoldo, que deixou muita saudade ao médium. Chamava-se Dom Negrito. Era pretinho, peludo, charmoso, Vira-lata espiritualizado, freqüentava o Centro São Luiz Gonzaga, nas noites de sessão, das oito da noite às duas da madrugada. Nunca faltava, ar concentrado, respeitoso, como se fosse também rezar.
         Em certa ocasião, um repórter encontrou em sua casa um coelho. Conversa vai, conversa vem, Chico demonstrando seu fino humor mineiro, sem malícia e sem grosseria, disse ao jornalista.
         “Este coelho não é muito honrado. Outro da, dois de meus gatos vieram denunciá-lo. Arranharam-me as mãos, praticamente me puxaram até o seu canto. Fui. O coelho estava comendo a ração de carne. Os coelhos são herbívoros Mas este, estragado pela escravidão, virou carnívoro”.

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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