NA TRILHA DO RESGATE.
Em muitas situações, o cárcere de
limitação em que nos debatemos não é senão aquele da ignorância, de que nos
cabe sair pelas atividades do estudo ou pelas aulas compulsórias da
experiência. E note-se que educação é impraticável sem disciplina.
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Noutros casos, achamo-nos
magneticamente acorrentados a celas de prova, cumprindo austeras sentenças,
lavradas ou solicitadas por nós mesmos, antes da reencarnação, perante as
incriminações do foro íntimo, das quais tão só a paciência sem lindes nos pode
liberar.
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Habitualmente, na Terra, porém,
somos simultaneamente o aluno matriculado no instituto de evolução e o devedor
em compromissos no tribunal. Lutamos pela aquisição de conhecimento,
carregando, em contrapeso, o fardo das dívidas que nos compete ressarcir.
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Tolera, com sinceridade o carnicão
dos males que, porventura, te assolem a vida. É por ele que esgotas os resíduos
de sombra em que o passado te embaraçou e é ainda através dele que as Leis
Divinas te observam o grau de aproveitamento na escola em que te situas. Muitas
vezes, semelhante setor de lições do estágio terrestre é a casa superlotada de
sofrimento, a moléstia irreversível, o ostracismo social, a condição de penúria
ou o processo obsessivo em que se te acrisolam os pensamentos, e noutros lances
da existência, é o parente difícil que destoa da família correta, o desastre
que suprime a alegria do lar ridente e próspero, os conflitos do sentimento
entranhados na alma ou o adeus de um ente amado que a provação distância.
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Se trazes, em meio do aprendizado
que o mundo nos oferece, uma conjuntura assim, qual ponto nevrálgico nas
ramificações do destino, ama, suporta, desculpa, serve e auxilia
constantemente.
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Problemas que resolvemos por nós
representam quotas de esforço pacífico, pelas quais adquirimos os benefícios do
educandário em que nos aprimoramos para o futuro, todos os dias, e que só o
tempo consegue solucionar, constituem o preço de nossa libertação.
Emmanuel.
Fonte: Livro – CARIDADE – Espíritos Diversos. – Francisco
Cândido Xavier. – 2 ª. edição. – Editora: Instituto de Difusão Espírita. –
Araras, SP. – abril de 1980.
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