APOIO FRATERNO.
O VÍCIO DE FUMAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS XIX.
Pergunta - E por
que, à medida que a humanidade conhece melhor os prejuízos decorrentes do uso
do fumo, aumenta o número de fumantes? Crescem as advertências sobre os perigos
do fumo e, no entanto, as estatísticas demonstram que os homens cada vez fumam
mais?
Ramatís - Tudo isso decorre da negligência do homem Iara consigo mesmo porquanto,
à medida que se torna mais científico e erudito, parece desinteressar-se cada
vez mais da sua própria ventura espiritual! O homem do século XX, apesar de
excessivamente “intelectualizado”, vive mais em função das razões ou das sugestões
do mundo exterior em vez de auscultar as suas próprias necessidades, preferindo
seguir a obcecação da maioria, mesmo que isso lhe seja pernicioso.
Mesmo quanto às necessidades mais comuns, ele se submete a essa força sugestiva,
seja a da moda feminina, a das inovações, sem importância fundamental, a das
tolices e trivialidades que todos os dias o rádio, as revistas e anúncios
incutem no cérebro dos seres terrícolas, fazendo-os trocar, comprar ou preferir
produtos e coisas de que não necessitam. A propaganda moderna é feita por
hábeis e manhosos psicólogos, bastante experimentados no tocante às reações humanas;
eles se utilizam de recursos hipnóticos e persistentes, expondo ou anunciando
os seus produtos de forma fascinante e agradável!
E assim, à mais inofensiva dor de cabeça ou impaciência nervosa, associais
logo à mente o nome de um produto que a inteligente propaganda soube pôr em
evidência no momento. De tal modo atuam sobre vós o rádio, o jornal, a revista
e o cinema, que viveis em função dessa fascinação imposta pelo mundo do comércio
e da indústria para impingir os seus produtos, agindo de modo astucioso; então
já não escolheis as coisas; elas é que vos hipnotizam e se impõem a vós como
imprescindíveis! O mesmo se dá através dos efeitos sugestivos da hábil propaganda
do cigarro, efetuada pelas grandes indústrias tabagistas. Elas aliciam opiniões
de cientistas, de homens célebres ou de artistas de cinema famosos, estampando
seus retratos em cromos luxuosos, cartazes brilhantes e coloridos, onde os
dísticos mais poéticos e as frases mais sugestivas destacam a delícia e a
fidalguia de fumar! Os próprios homens que não fumam sentem-se atraídos por tão
habilidosa propaganda, muitas vezes deixando-se fascinar pelas frases que
elevam o cigarro à categoria de uma distinção imprescindível no meio social.
Mais tarde, quando o indivíduo se torna fumante inveterado, já não mais precisa
da propaganda sugestiva para fumar e, extremamente viciado, chega a perder a
noção de civilidade humana em quase toda parte; ele olvida que nos veículos e
nos salões de divertimentos o fumo pode intoxicar, repugnar ou irritar a
muitos. Esquece de que, mesmo em outros lugares de reunião, pode ser detestável
ao próximo o odor do cigarro de palha, o cheiro forte do charuto ou o do sarro
do cachimbo.
Alguns indivíduos fumam até nos salões dos restaurantes, à hora das refeições;
outros atingem com a fumaça o rosto dos companheiros nas “filas” dos transportes,
pouco se importando com os protestos silenciosos de suas infelizes vítimas!
Embora se conclame a fidalguia do cigarro, não é raro o fato de um fumante
queimar a roupa do seu companheiro de viagem, causando-lhe por vezes enorme
prejuízo!
Fonte: Livro
FISIOLOGIA DA ALMA. – RAMATIS. – Psicografado pelo Médium HERCILIO MAES. – 15 ª
edição. – Editora do Conhecimento – Limeira, SP. – Ano 2010.
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