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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER.. - N º. 215. - UMA VIDA COM AMOR XI. - UBIRATAN MACHADO.

CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

           UMA VIDA COM AMOR XI.
                                                          
                                                   UBIRATAN MACHADO.

 A CAPACIDADE DE PSICOGRAFAR IV.

            “(...) O médium achava-se apto a sintonizar com os mais diversos tipos de sensibilidade. Foi então que o espírito de Emmanuel tornou-se seu guia. O primeiro encontro dos dois ocorreu nos fins de 1931. Uma tarde, o médium descansava debaixo de uma árvore, próximo a um açude, na saída de Pedro Leopoldo, quando viu um espírito se aproximar-se. Vestia uma túnica semelhante a dos padres, e indagou se ele, Chico, estava resolvido a sua mediunidade na difusão do Evangelho de Jesus. Chico assentiu, perguntado se Emmanuel o achava em condições.
         “Perfeitamente. Desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o serviço: 1º - disciplina, 2º - disciplina, - 3 º - disciplina.”
         Segundo Chico, a última encarnação de Emmanuel fora como o Jesuíta Manoel da Nóbrega, um dos fundadores da cidade de São Paulo. Há dois mil anos, Emmanuel vivera em  Roma. Chamava-se Publius Lêntulos e foi senador. Pouco depois, reencarnou como escravo. Cristão, morreu na arena, dilacerado pelas feras, aos gritos de prazer da nobreza ociosa que cercava os césares.
         “Desde que Emmanuel assumiu o comando de minhas faculdades, tudo ficou mais claro, mais firme. Ele apareceu em minha vida mediúnica assim como alguém que viesse completar a minha visão real de vida.
         Neste mesmo ano de 1931, Chico psicografou o primeiro poema com a assinatura de um morto; Casimiro Cunha, seria praticamente impossível que o moço de Pedro Leopoldo conhecesse o poeta fluminense, aquela altura esquecido em sua própria terra. Cego desde os 16 anos, Casemiro Cunha (1880- 1914) nascera, vivera e morrera em Vassouras.
         Em seguida, foram surgindo poemas assinados por figuras da mais alta bolsa literária das letras brasileiras e portuguesas: Castro Alves, Alphonsus Guimarães, Olavo Bilac, Antônio Nobre, Fagundes Varela, João de Deus, Guerra Junqueiro, D. Pedro II, Raimundo Correria, Casimiro de Abreu, Julio Diniz< Cruz e Souza e muitos outros.
         O fato repercutiu de imediato na pequena Pedro Leopoldo. Por essa época, Chico achava-se no enterro de um amigo, quando um jovem padre aproximou-se dele e indagou:
         “Chico, andam dizendo que você recebe mensagem do outro mundo...”
         “É verdade, sinto que alguém se apossa do meu braço para escrever as mensagens.”
         “Pois acautele-se. O espírito das trevas tem muita astúcia para seduzir para o mal.”
         “Mas os espíritos que se comunicam através de mim só ensinam o bem,”
         “Vejamos, então. Estamos no cemitério, acompanhando um amigo morto. Será que há por aqui algum espírito desejando escrever?” desafiou o padre, puxando um papel em brando do bolso.
         Chico, sem hesitar apanhou o papel. Concentrou-se e, minutos depois, escreveu um soneto, intitulado Adeus. Desta vez, a poetiza assinara: Auta de Souza. Eis o poema:
         O sino plange em terna suavidade,
         No ambiente balsâmico da igreja;
         Entre as naves, no altar, em tudo adeja
         O perfume dos goidos da saudade,
         Geme a viuvez, lamenta-se a orfandade;
         E a alma que regressou do exílio beija
         A luz que resplandece, que viceja,
         Na catedral azul da imensidade.
         “Adeus, Terra das minhas desventuras...
         “Adeus, amados meus...” – diz nas alturas
         A alma liberta o azul do céu singrando...
         - Adeus... – choram as rosas desfolhadas
         - De quem ficou no exílio soluçando...
                                      ***

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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