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sábado, 10 de setembro de 2016

- POEMAS ESPÍRITAS. - PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - O ENGANO. -CASEMIRO CUNHA. (CHICO XAVIER.)



                                  O ENGANO
 
As vezes diz a Ciência
Que a crença é engano profundo,
Esperando uma outra vida
Noutros planos, noutro mundo...

E diz arrogante à Fé:

– “Estás louca! A morte apenas
É o sono eterno e tranqüilo
Depois das lutas terrenas.”

Ao que ela replica, humilde:

– “Mais tarde, Ciência amiga,
Serás o sósia da Fé,
Andarás ao lado meu.
Se for sono, dormiremos,
Mas se não for, pois não é,
De quem será esse engano?
Será meu ou será teu?”

Casimiro Cunha

POETA vassourense, nasceu aos 14 de abril de 1880 e desencarnou em 1914. Pobre, ao demais espírita confesso, não teve maior projeção no cenáculo literário do seu tempo, mau grado à suavidade da sua musa e inatos talentos literários. Há, na sua existência terrena, uma triste particularidade a assinalar, qual a de haver perdido uma vista aos 14 anos, por acidente, para de todo cegar da outra aos 16. Órfão de pai aos 7 anos, apenas freqüentou escolas primárias. Era um espírito jovial e forte no infortúnio, que ele sabia aproveitar no enobrecimento da sua fé. Se tivesse tido maior cultura, atingiria as maiores culminâncias do firmamento literário.

            Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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