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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 124. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - PERSONALISMO. - Dr. ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI)

         MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                           PERSONALISMO.

                        “11. Quais são as condições necessárias para que a palavra dos Espíritos superiores nos chegue pura de toda alteração?

                        Querer o bem; enxotar o egoísmo e o orgulho; as duas coisas são necessárias.”  (Cap. XX – segunda Parte – Item 226)

           
            Sem dúvida, o personalismo é um dos principais entraves ao salutar exercício da mediunidade.
            Quando o médium se deixa incensar, crendo ser o que não é, o “espelho mediúnico” começa a se tornar opaco, prejudicando sensivelmente a recepção da mensagem que deve “refletir” com toda a claridade possível...
            É muito comum infelizmente, o que, a contragosto, denominamos “vedetismo mediúnico”.
            O médium carece o tempo todo estar consciente de suas limitações; sabendo-se limitado ele poderá superar-se, ao passo que convencido acerca de suas habilidades ele acabará por complicar-se, expondo-se a vexames e sujeitando a Doutrina acríticas.
            Excelentes médiuns – excelentes, do ponto de vista da faculdade mediúnica em si – terminaram por chafurdar-se no atoleiro da vaidade, afastando-se da proteção dos Bons Espíritos; tornaram-se improdutivos, frustrando a expectativa do Mundo Espiritual de um trabalho sério em beneficio da Humanidade.
            Às vezes, indaga-se como é possível a um medianeiro que se debate com tantos e complicados problemas, produzir algo de valor de maneira regular... Responderemos que é justamente por isto: o médium que faceia resignadamente as suas provas, embora aparentemente sem paz dentro da luta em que vive, se permanece fiel ao dever mediúnico que lhe compete, conta, de forma incondicional, com o respaldo dos Benfeitores Espirituais.
            Por incrível que pareça, os médiuns que mais padecem e que mais se empenham na batalha da própria renovação são os que se encontram sempre em melhores condições de sintonia com os Planos Mais Alto.
            Não importa o que o médium aparente por fora; é indispensável como ele esteja por dentro... Se ele quer o bem, se a sua intenção é boa isto basta para garantir-lhe o equilíbrio na tarefa. Os Benfeitores Espirituais são compreensivos e sabem passar “por cima” de nossas faltas, quando nos vêem sinceramente empenhados no serviço do auxílio aos semelhantes.
            Os Bons Espíritos não estão a cata de anjos humanos para lhe servirem na condição de intermediários junto aos homens; procuram tão somente “instrumentos” dispostos a cooperar na concretização do Bem, embora conscientes da distância que ainda os separa do Bem Inalterável.
            Médiuns que falam muito de si mesmos, comentando o que obtêm dos Espíritos nas mensagens que recebem, que não sabem fazer o necessário silêncio nem guardar discrição em torno do trabalho que desenvolvem, que provocam elogios a seu respeito, que revelam uma falsa modéstia, que se deixam presentear com freqüência, que não aceitam observações construtivas sobre as atividades que desempenham e que o personalismo se encontram agindo, semelhante à erva daninha que, pouco a pouco, se espalha pelo campo, comprometendo as mais promissoras colheitas.
            Que o médium, pois, não se iluda a seu próprio respeito e combata sem tréguas a vaidade pessoal se, efetivamente, deseja alcançar significativa vitória na presente encarnação.
            O personalismo predispõe ao melindre e o melindre, como nos ensina O Evangelho Segundo o Espiritismo, é filho do orgulho...
            Allan Kardec escreveu que “o orgulho perdeu numerosos médiuns dotados das belas faculdades e que, sem isso, teriam podido ser sujeitos notáveis e muitos úteis; ao passo que, transformados em presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades foram primeiro pervertidas, depois aniquiladas, e mais de um se viu humilhado pelas mais amargas decepções”.
            Com grande felicidade, como se estivesse auscultando os mais íntimos escaninhos da alma humana, acrescentou o Codificador no mesmo capítulo em questão de O Livro dos Médiuns: “o orgulho se traduz, nos médiuns, por sinais inequívocos (...). Primeiro é uma confiança cega na superioridade dessas mesmas comunicações e na infalibilidade dos Espíritos que lhas dão; daí um certo desdém por tudo e que não vem deles, porque se crêem o privilégio da verdade”. (o grifo é nosso)

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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