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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 66. - 54 º. Parte. – SILVIO BRITO SOARES.

 VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.

            54 º. Parte. – Mas, num dia cheio de sol, em que a própria Natureza, engalanada e sorridente, parecia entoar os mais sublimes cânticos a Deus, como hosanas àqueles que, cheios de fé, após a luta áspera e contínua, sigram os espaços, impulsionados pelo dínamo do amor, ao soar das onze horas e trinta minutos, desse 11 de abril de 1900,

                        “pelo seu resto sempre lindo
                        somem-se os olhos imortais
                        quais dois faróis que vão fugindo
                        e cada vez brilhando mais.”  (Belmiro Braga)

            Quem o visse, agora, deitado no ataúde, mãos cruzadas sobre o peito, o rosto numa palidez de cera, semblante sereno e emoldurado pela brancura de seus cabelos e de suas longas barbas, tinha a impressão de que Bezerra dormia tranquilamente.
            No dia seguinte, à uma hora e vinte minutos, da sua residência, à rua 24 de Maio n º. 93, saía o féretro inteiramente coberto de grinaldas, conduzido por senhoras até o coche, rumando em direção ao Cemítério são Francisco Xavier, acompanhado por cerca de oitenta carros.
            Lá o aguardava uma multidão de pessoas de todas as classes sociais e de todos os credos religiosos.
            Empunhando as alças do caixão mortuário, os Srs. João Drummond, João Maurity, Cel. Cornélio H. de Maia Lacerda, João Lourenço de Souza e José Inácio Pimentel levaram-no até junto do carneiro nº. 6,247, da quadra B-1, onde com surpresa geral, veríficaram todos que a sepultura se achava completamente enfeitada com flores naturais. Mão piedosa e incógnita ali fora espargir, em profusão, aquelas flores que ele tanto amava!
            O Paiz, em sua edição de 14 de abril de 1900,, publicou a lista “dos amigos, de todas as representações sociais, das mais elevadas às mais modestas classes civis, que fraternizaram neste testemunho de piedoso afeto ao grande morto e que subscreveram seus nomes no livro d e condolências à família.
            Essa lista contém para mais de trezentas assinaturas. A primeira que nela figura é a do Doutor Fernando Costa. Das demais, destacaremos apenas as seguintes: vigário Escobar; Comissão da sociedade Propagadora das Belas-Artes e também a do Liceu de artes e Ofícios; L. Lansac e Jacinto silva, pela Casa Editora H. Garnier, e pela Federação Espírita Brasileira, consta a de Leopoldo Cirne, sendo que a última foi a de Pedro Richard, o discípulo de Max.
            Esse mesmo jornal registrou que, das grinaldas que cobriam o féretro, foi ao reporte possível destacar as seguintes com respectivos dísticos:
            Tributo da família Maia Lacerda; Ao Doutor Bezerra de Menezes a recebedoria Municipal; saudades da Família Cordeiro; Gratidão de A. Cordeiro e Cia; ao vovô Bezerra, da Nair; Saudades de sua nora; Saudades de seus filhos; Saudades de sua esposa; Saudades de Ribeiro de Carvalho; Saudades e gratidão de Mariano e família; saudades de seus netos; Saudades de sua filha Antonica; Da Sociedade Propagadora das Belas-Artes; Reconhecimento do Liceu de Artes e Ofícios; Saudades da família Porto Carrero e Drago; Lembrança de Isaura, etc.”

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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