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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - SEGUNDA PARTE. DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS. CAPÍTULO IV. - TEORIA MANIFESTAÇÕES FÍSICAS. - ALLAN KARDEC.

                                 SEGUNDA PARTE.

     DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.

                                     CAPÍTULO IV.

          TEORIA MANIFESTAÇÕES FÍSICAS.

74. E. - As respostas seguintes nos foram dadas pelo Espírito de São Luís e foram depois confirmadas por muitos outros:

21.  O Espírito que age sobre os corpos sólidos para movê-los, está na substância mesma dos corpos, ou fora dessa substância? 

Na substância e fora dela; dissemos que a matéria não é obstáculo para os Espíritos, que penetram tudo; uma porção do perispírito se identifica, por assim dizer, com o objeto que ele penetra.
           
22.   Como o Espírito faz para bater? Serve-se de um objeto material?   

Não mais do que de seus braços para erguer a mesa. Sabeis bem que não tem martelo à sua disposição. Seu martelo é o fluido combinado posto em ação por sua vontade para mover ou para bater. Quando move, a luz vos dá a visão dos movimentos; quando bate, o ar voz traz o som.

23.  Concebemos isso quando bate num corpo duro; mas, como pode fazer ouvir ruídos ou sons articulados no vago do ar? 

Uma vez que age sobre a matéria, pode agir sobre o ar, tão bem como sobre a mesa. Quanto aos sons articulados, pode imitá-los como todos os outros ruídos.

24.  Dizeis que o Espírito não se seve das mãos para remover a mesa; entretanto, viu-se, em certas manifestações visuais, aparecerem mãos cujos dedos passeavam sobre o teclado, agitavam as teclas e faziam ouvir os sons. Não pareceria que o movimento das teclas, aqui, era produzido pela pressão dos dedos? Esta pressão não é direta e real quando se faz sentir sobre nós mesmos, quando essas mãos deixam marcas sobre a pele?  

Não podeis compreender a natureza dos Espíritos, e sua maneira de agir, senão por comparações que somente vos dão uma idéia incompleta, e é um erro sempre querer assimilar seus procedimentos ao vosso. Seus procedimentos devem estar em relação com o seu organismo. Não vos disse que o fluido ao perispírito penetra a matéria e se identifica com ela, que a anima de uma vida factícia? Pois bem! Quando o Espírito pousa os dedos sobre as teclas, os pousa realmente, e mesmo as movimenta; mas, não é pela força muscular que pressiona a tecla, anima a tecla como a anima a mesa, e a tecla, que obedece a sua vontade, se movimenta e golpeia a corda. Aqui se passa uma coisa que tereis dificuldade para compreender, e é que certos Espíritos são tão poucos avançados e de tal modo materializados, comparativamente aos Espíritos elevados, que tem ainda as ilusões da vida terrestre e crêem agir como quando ainda tinham seus corpos; não se dão mais conta da verdadeira causa dos efeitos que produzem, do mesmo modo que um camponês não se dá conta da teoria dos sons que articula; perguntai-lhes como tocam o plano, e vos dirão que golpeiam em cima com seus dedos, porque eles crêem golpear; o efeito se produz instintivamente neles sem que saibam como, e , entretanto, pela sua vontade. Quando se fazem ouvir por palavras, sucede o mesmo.  

Nota. Resulta dessas explicações que os Espíritos podem produzir todos os efeitos que nós mesmos produzimos, mas por meios apropriados ao seu organismo; certas para agir; do mesmo modo que o gesto substitui, nos mudos, a palavra que lhes falta.

25.  Entre os fenômenos que se citam como provas da ação de ima inteligência oculta, há os que são evidentemente contrários a todas as leis conhecidas da Natureza; a dúvida, então, não parece permitida? 

É que o homem está longe de conhecer todas as leis da Natureza; se a conhecesse todas, seria Espírito superior. Cada dia, entretanto, dá um desmentido àqueles que, crendo tudo saber, pretendem impor limites à Natureza, e, por isso, não ficam menos orgulhosos. Revelando, sem cessar, novos mistérios, Deus adverte o homem para desconfiar das suas próprias luzes, porque um dia virá que a ciência do mais sábio será confundida. Não tendes, todos os dias, exemplos de corpos animados de um movimento capaz de sobrepujar a forçada gravitação? A bala de canhão, lançada no ar, não supera, momentaneamente, essa força? Pobres homens que crêem ser tão sábios e cuja toda vaidade é, a cada instante, confundida, sabei, pois, que ainda sois bem pequeninos.    

                        Fonte, Livro dos Médiuns, Allan Kardec, no Capítulo IV na questão 50, da 18º. edição, abril de 1991, páginas 57 e 58, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.                     


                                   RHEDAM.(rrhedam@gmail.com)

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