UMA
VIDA COM AMOR XVII.
FAMA E HUMILDADE VI.
UBIRATAN
MACHADO.
Com o processo, a fama
de Chico cresceu. Entrevistá-lo era o sonho de todo jornalista. Mas o médium
fora proibido por seu chefe no Ministério da Agricultura de conceber qualquer
entrevista. A dupla David Nasser e Jean Manzon, porém não era de desistir,
Resolveram que entrevistariam o homem. E rumaram para Minas.
Ao chegar a Pedro Leopoldo, sentiram que a matéria
dificilmente sairia. Resolveram, então, fazer-se passar por norte-americanos.
Natividade, piloto do avião que os levara até lá, seria o intérprete. Convém
observar que, aquela altura, a dupla de jornalistas estava iniciando a sua
carreira, sendo ilustres desconhecidos.
Após uma conversa, Chico assentiu. Concluída a longa
entrevista, o médium disse:
“Emmanuel quer que eu autografe livros para os senhores”.
Já no Rio de Janeiro, David Nasser, que não abriu o livro
recebido do médium, comentou com a esposa:
“Ontem iludimos o Chico”.
E narrou a astúcia empregada.
“iludiram coisa nenhuma – respondeu a esposa. – Olha aqui a
dedicatória: “Ao meu irmão David Nasser, com o abraço do Chico Xavier”.
Desconcertado o repórter ligou para o colega que o
acompanhara. O fotógrafo correu, abriu o exemplar e lá encontrou a dedicatória:
“Ao meu caro Jean Manzon...”
A reportagem quase não foi publicada, pois as fotos de Chico
eram meio irreverentes. Por fim, saiu, se bem que o repórter omitisse esse
fato, sob a alegação de que a “verossimilhança é mais importante do que a
verdade”.
Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele
Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São
Paulo, SP, - Outubro de 1994.
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