CHICO XAVIER POR ELE
MESMO.
UMA
VIDA COM AMOR XVIII.
FAMA E HUMILDADE X.
UBIRATAN
MACHADO.
1958. Chico Xavier, autor de 61 livros, famoso em todo o
mundo, considerado o maior psicografado vivo, continuava vivendo na humildade
casa térrea em Pedro Leopoldo. Respeitado mesmo pelos que não acreditavam nos
seus dons mediúnicos. O que ninguém colocava em dúvida era a sua boa fé, sua
admirável honestidade.
Julho de 1958. Jornais de todo o Brasil reproduziam
declarações de Amauri Pena, sobrinho de Chico. Amauri era filho de Maria da
conceição, a irmã que conduzira Chico involuntariamente ao espiritismo. Amauri procurara
a redação de um jornal de Belo Horizonte, e ali fizera revelações sensacionais
que, segundo uma manchete da época, “desmascaravam Chico Xavier”.
Segundo as declarações de Amauri, as obras psicografadas por
ele (Camões lhe teria ditado um novo Lusíadas), como pelo tio, não passavam de
mistificações. E acusava:
“Estou aqui para proclamar em alto e bom som que tudo que
tem escrito até agora, apesar das diferenças de estilo, foi criado pela minha
própria imaginação, sem que para isso houvesse qualquer interferência de almas
do outro mundo, ou qualquer outro fenômeno miraculoso. Assim como tio Chico,
tenho uma enorme facilidade para fazer versos, imitando qualquer estilo de
grandes autores. Como ele, descobri isso muito cedo. Tio Chico é inteligente,
lê muito e, com ou sem auxílio do outro mundo, vai continuar escrevendo seus
versos e SUS livros.”
A imprensa explora fartamente as declarações de Amauri.
Chico Xavier evitou qualquer alusão ao assunto. Algum tempo depois, seu
sobrinho morreu, em plena loucura. Deixara de trabalhar e começava a beber sem
medida. Nunca das raras vezes em que se dispôs a tocar no assunto, Chico admitiu
que Amauri fizera aquele escândalo todo motivado pelo dinheiro.
*
Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele
Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São
Paulo, SP, - Outubro de 1994.
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