Quando a tempestade da cólera
explode no ambiente, despedindo granizos dilacerantes, vemo-la por antena de
amor, isolando-lhe os raios, e se o temporal da revolta encharca os que tombam
na estrada sob o visco da lama, ei-la que surge igualmente por força
neutralizante, subtraindo o lodo e aclarando o caminho...
Remédio nas feridas profundas que se
escondem na alma, ante os goles da injúria, é bálsamo invisível, lenindo toda
chaga.
Socorro sobre o justo, é a luz doce
da ausência, ajudando e servindo onde a leviandade arroja fogo e fel.
Filha da compaixão, auxilia sem paga
impedindo a extensão da maldade infeliz.
Ante a sua presença, a queixa
descabida interrompe-se e Pará o verbo contundente empalidece e morre.
Onde vibra, amparando, todo ódio
contém-se, e o incêndio da impiedade apaga-se de chofre...
Acessível a todos, vemo-la em toda
parte, onde o homem cultive a caridade simples, debruçando-se, pura à maneira
de aroma envolvente e sublime, anulando o veneno em que a treva se nutre...
Guardemo-la conosco, onde formos
chamados, sempre que o mal responte, delinqüente e sombrio, por essa estrela
oculta, ao alcance de todos nós, é a prece do silêncio em clima de perdão.
EMMANUEL.
Fonte: Livro “PAZ E RENOVAÇÃO”, -
autores Espíritos Diversos, - Psicografia Francisco Cândido Xavier, - 3 ª.
edição, - Editora CEC, UBERABA, MG. – 1972.
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