Frequentemente, encontramos muitos médiuns retardados em
serviço, sob escrúpulos infundados. Afirmam-se receosos de auxiliar.
Qual se os espíritos benevolentes e sábios devessem
tratá-los à conta de máquinas, com evidente desrespeito à liberdade de cada um,
incompreensível, esperam pela inconsciência, a fim de serem úteis.
Os servos da luz e da verdade, no entanto, aspiram a
encontrá-los na condição de companheiros de trabalho e não como sendo robôs ou
fantoches sem noção de responsabilidade nos encargos que assumem.
Que dizer do escriturário que permanecesse no posto,
incessantemente e nas mínimas circunstâncias, à espera que o diretor do
escritório lhe insensibilizasse a cabeça, a fim de atender às próprias
obrigações? Do enfermeiro que só obedecesse na atividade assistencial aos
doentes, quando o chefe do hospital lhe impusesse os constrangimentos da
hipnose?
Convençamo-nos em doutrina Espírita que estamos todos
reunidos na Seara do Bem; que os imperativos do trabalho e da fraternidade se
repartem na equipe; que os nossos ideais e compromissos se nos continuam uns
nos outros; e que a Obra da Redenção pertence fundamentalmente ao Cristo de
Deus e não a nós. Compreendido isso, perceberemos, para logo, que ajudar aos
irmãos em dificuldades e provas idênticas ou maiores que as nossas é simples
dever e que, em matéria de escrúpulo, a preocupação só é válida quando nos
entregamos aos arrastamentos do mal, com esquecimento de que estamos
convidados, aceitos, engajados e mobilizados no serviço do bem aos outros, que
redundará invariavelmente em nosso próprio bem.
EMMANUEL.
Fonte: Livro “PAZ E RENOVAÇÃO”, -
autores Espíritos Diversos, - Psicografia Francisco Cândido Xavier, - 3 ª.
edição, - Editora CEC, UBERABA, MG. – 1972.
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