CONSIDERAÇÃO ESPÍRITA.
Dos outros recebemos a calúnia, mas
igualmente dos outros recolhemos o louvor que, em muitas ocasiões, ao
exaltar-nos imerecidamente, nos fortalece para sermos afinal o que devemos ser
como devemos ser.
Dos outros apanhamos o prejuízo, mas
dos outros obtemos a dádiva.
De outros vem o fel; no entanto, de
outros surge o bálsamo.
De outros procede a ingratidão que
tantas vez nos deprime; contudo, igualmente dos outros nasce a generosidade que
nos levanta o coração para o alto.
Dos outros chegam até nós
pensamentos obsessivos; entretanto, dos outros colhemos bendita inspirações que
nos induzem a elevação e ao progresso.
Dos outros se origina a crítica que
desencoraja, mas dos outros provém o estímulo à execução de nossa tarefa,
alentando-nos as forças a fim do que possamos cumprir os deveres que a vida nos
atribui.
O campo de nossas relações uns com
os outros, no fundo, assemelha-se a gleba de plantio. Em meio a terreno
valioso, surpreendemos escalracho, pântano, pedregulho... Se nos comportamos,
porém, com atenção, administrando entendimento e amparo ao trato de solo que
nos confiou, em tempo estreito, conseguiremos a regeneração da terra e a riqueza
de produção. Aproveitemos o símile, no intercambio fraternal, porque se dos
outros recebemos os impactos da provação e da sombra, da dificuldade e da
amargura, é também através dos outros que Deus nos socorre e abençoa,
invariavelmente e cada vez mais.
ALBINO
TEIXEIRA.
Fonte: Livro “PAZ E RENOVAÇÃO”, -
autores Espíritos Diversos, - Psicografia Francisco Cândido Xavier, - 3 ª.
edição, - Editora CEC, UBERABA, MG. – 1972.
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