LIVRO SEGUNDO.
CAPÍTULO. XI.
OS TRÊS REINOS.
OS ANIMAIS E O HOMEM.
Questão. Nº. 594. A) - Há animais que não têm voz, ao que parecem,
esses não tem linguagem?
- Eles se compreendem por outros
meios. Vós outros, homens, não tendes se não a palavra para se comunicarem? E
os mudos, que dizes deles? Os animais, estando dotados da vida de relação, tem
meios de se informarem e de exprimirem as sensações que experimentam. Crês que
os peixes não se entendem entre si? O homem não tem, portanto, o privilégio
exclusiva da linguagem, embora a dos animais seja instintiva e limitada pelo
círculo de suas necessidades e de suas idéias, enquanto que a do homem é
perfectível e se presta a todas as concepções de sua inteligência.
Os
peixes, com efeito, que emigram em massa, como as andorinhas que obedecem ao
guia que as conduz, devem ter meios de se informarem, de se entenderem e de
combinarem. Talvez por uma vista mais penetrante que permita distinguirem os
sinais que fazem; pode ser também que a água seja um veículo que lhes transmita
certas vibrações. Qualquer que seja, é incontestável que eles têm um meio de se
estenderem, como todos os animais privados da voz e que fazem trabalhos comuns.
Deve-se espantar, depois disso, que os Espíritos posssam se comunicar entre si
sem o socorro da palavra articulada? (282).
Fonte: “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” - Allan Kardec - 54a.
Edição - Editora LAKE - São Paulo, SP - 1994.
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