SEARA DOS MÉDIUNS.
OBSESSORES.
Reunião pública de 21-03-15. – L. M. Questão
n º.249.
Obsessor, em sinonímia correta, quer
dizer “aquele que importuna”.
E “aquele que importuna” é, quase
sempre, alguém que nos participou a convivência profunda, no caminho do erro, a
voltar-se contra nós, quando estejamos procurando a retificação necessária.
No procedimento de semelhante
criatura, a antipatia com que nos segue é semelhante ao vinho do aplauso
convertido no vinagre da crítica.
Daí, a necessidade de paciência
constante para que se regenerem as atitudes.
·
Considerando, desse modo, que o
presente continua o pretérito, encontramos obsessores reencarnados, na
experiência mais íntima.
Muitas
vezes, estão rotulados com belos nomes...
Vestem roupa carnal e chamam-se pai
ou mãe, esposo o esposa, filhos ou companheiros familiares na lareira
doméstica.
Em algumas ocasiões, surgem para os
outros na apresentação de santos, sendo para nós benemerentes verdugos.
Sorriem e ajudam na presença de
estranhos e, a sós conosco, dilaceram e pisam, atendendo, sem perceberem, ao
nosso burilamento.
E, na mesma pauta, surpreendemos
desafetos desencarnados que nos partilham a faixa mental, induzindo-nos à
criminalidade em que ainda persistem.
Espreitam-nos a estrada, à feição de
cúmplices do mal, inconformados com o nosso anseio de reajuste, recompondo, de
mil modos diferentes, as ciladas de sombra em que venhamos a cair, para
reabsorver-lhes a ilusão ou a loucura.
·
Recebe, pois, os irmãos do desalinho
moral de ontem com espírito de paz e de entendimento.
Acusá-los, seria o mesmo que
alargar-lhes a ulceração com novos golpes.
Crivá-los de reprimendas,
expressaria indução lamentável a que se desmereçam ainda mais.
Revidar-lhes a crueldade,
significaria comprometer-nos em culpas maiores.
Condená-los, é o mesmo que
amaldiçoar a nós mesmos, de vez que nos acompanham os passos, atraídos pelas
nossas imperfeições.
Aceita-lhes injúria e remoque,
violência e desprezo, de ânimo sereno, silenciando e servindo.
Nem brasa de censura, nem fel de
reprovação.
Obsessores visíveis e invisíveis são
nossas próprias obras, espinheiros plantados por nossas mãos.
Endereça-lhes, assim, a boa palavra
ou o bom pensamento, sempre que preciso, mas não lhes negues paciência e
trabalho, amor e sacrifício, porque só a força do exemplo nobre levanta e
reedifica, ante o sol do futuro.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, -
Emmanuel, - Psicografado por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora
F E B, - Rio de Janeiro, RJ, - Abril de 2000.
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