O
LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO VI.
TEORIA DA ALUCINAÇÃO.
113.a)
Os fatos provam que há verdadeiras
aparições, as quais a teoria espírita explica perfeitamente, e que só podem ser
negadas por aqueles que nada admitem fora do organismo; mas, ao lado das visões
reais, há alucinações no sentido ligado a essa palavra? Isso não é duvidoso.
Qual é sua origem? São os Espíritos que vão nos colocar na pista, porque a
explicação nos parece inteiramente contida nas respostas dadas às questões
seguintes:
Podem-se
considerar como sendo aparições as figuras e outras imagens que se apresentam,
frequentemente, no semi-sono, ou simplesmente quando se fecham os olhos?
Desde
que os sentidos se entorpecem, o Espírito se desliga e pode ver ao longe ou
perto aquilo que não podia ver com os olhos. Amiúde, essas imagens são visões,
mas podem ser também um efeito de impressão que a visão de certos objetos
deixou no cérebro que lhes conservou os traços como conserva os sons. O
Espírito liberto vê, então, em seu próprio cérebro, as impressões que nele se
fixaram como sobre uma chapa de daguerreotipia. Sua variedade e sua mistura
formam os conjuntos bizarros e fugidios que se apagam quase que imediatamente,
malgrado os esforços que se façam para retê-los. A uma causa semelhante é
preciso atribuir certas aparições fantásticas que nada têm de real e que,
frequentemente, se produzem no estado de enfermidade.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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