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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

- CONHECENDO OS ANIMAIS A LUZ DO ESPIRITISMO. - EXISTEM ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL? - REVISTA UNIVERSO ESPÍRITA.



               

   EXISTEM ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL?

            Em 1864, um casal francês perdeu cedo seu filho mais velho. Restava em casa uma jovem menina e uma linda cadela galga, que havia sido do rapaz. A pequena Mika, muito bem educada, tinha o hábito de dormir aos pés de seu dono. No inverno, quando o frio era intenso, costuma grunhir. Era sinal que pedia autorização para deitar-se em meio as cobertas, ao lado de seu senhor. Um hábito agradável para  velho espírita Frances.
            Em setembro daquele ano, a cadelinha adormeceu e morreu. Nada Pôde fazer o médico veterinário. Toda família lamentou muito. A inteligência, afeição e suavidade do animal fizeram com que todos sentissem como a perda de um filho. Volta e meia o assunto e a saudade voltavam.
            Alguns meses depois aconteceu o inesperado:
            - Ultimamente – contou o senhor – pelo meio da noite, estando deitado mas sem dormir, ouvia partir dos pés de meu leito aquele pequeno grunhido da pequena cadela. Estendi o braço para chamá-la, mas em vão.
            De manha, comentou com a esposa, que do mesmo modo ouviu, não uma, mas duas vezes. Sua filha pequena escutou também.
            - Confesso que sou meio surdo e não escuto os sons da rua, nem mesmo os trovões! Mas um som dentro do quarto é inequívoco.
            Essa história foi relatada por Allan Kardec na Revista Espírita de 1865. Nesse mesmo artigo, um Espírito afirma ao codificador que eles “não se enganaram ouvindo um grito alegre do animal reconhecido pelos cuidados de seu dono, vindo, antes de passar ao estado intermediário de um desenvolvimento a outro, lhe trazer uma lembrança”. E explicou ainda: “A manifestação pode dar-se, mas é passageira, porque o animal, para subir um degrau, necessita de um trabalho latente”, que faz no mundo espiritual.
            Sobre o assunto, Alan Kardec citou outros casos análogos e conclui afirmando: “Não é pelos sistemas que se poderá resolver esta grave questão: é pelos fatos. Se deve sê-lo um dia, o Espiritismo, criando a psicologia experimental, é o único que lhe poderá fornecer os meios”.
            Depois da morte, o animal pode permanecer com seu corpo espiritual no mundo dos espíritos. Mas esses casos são exceções. A maioria é logo reaproveitada em novos renascimentos e, enquanto aguardam, permanecem como crisálidas no plano espiritual. Os Espíritos, no entanto, sempre relataram a presença de animais na espiritualidade para tarefas específicas. Uma delas é a condução de trabalhadores em ambientes mais denso, onde são utilizadas mulas e cavalos. Outra possibilidade é a presença de cachorros, gatos e pássaros de estimação para auxiliar na recuperação de espíritos recém-desencarnados. Todavia, são sempre animais sociais. Não haveria razão de ser para a presença de bichos ferozes ou simplesmente vagando sem cuidado no mudo espiritual.

            Fonte: Revista “UNIVERSO ESPÍRITA” – No. 23. – Editora Universo Espírita. – São Paulo, SP.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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