O EGOISMO E O ORGULHO IV.
“Os homens não
podem ser felizes se não vivem em paz, quer dizer, se não estão animados de um
sentimento de benevolência, de indulgência e de condescendência recíprocos, em
uma palavra, enquanto procurarem esmagar uns aos outros. A caridade e a
fraternidade resumem todas as condições e todos os deveres sociais; mas supõem
a abnegação; ora, a abnegação é incompatível com o egoísmo e o orgulho,
portanto, com seus vícios nada de verdadeira fraternidade, partindo da
igualdade e da liberdade, porque o egoísta e o orgulhoso querem tudo para eles.
Estarão sempre ai os vermes roedores de todas as instituições progressistas;
enquanto eles reinarem, os sistemas sócias mais generosos, mais sabiamente
combinados, desabarão sob os seus golpes. É belo, sem dúvida, proclamar o reino
da fraternidade, mas para que serve se existe uma causa destruidora? É edificar
sobre um terreno movediço; tanto valeria decretar a saúde para um país insalubre.
Num tal pais, querendo-se que os homens se portem bem, não basta enviar-lhe
médicos, porque eles morreram como os outros; é necessário destruir as causas
do antagonismo; é necessário atacar o princípio do mal; o orgulho e o egoísmo.
Aí esta a praga; aí deve se concentrar toda atenção daqueles que querem
daqueles que querem o bem da Humanidade. Enquanto esses obstáculos subsistirem,
verão seus esforços paralisados, não só por uma resistência de inércia, mas por
uma força que ativa que trabalhará, sem cessar, para destruir a sua obra,
porque toda ideia grande, generosa e emancipadora, arruína as pretensões
pessoais”.
ALLAN
KARDEC.
Fonte: O Livro
“OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a. Edição. –Instituto de
Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário