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quarta-feira, 5 de março de 2014

- DIVULGAÇÃO DO LIVRO ESPÍRITA. - RESUMO DE LIVROS ESPIRITAS. - NOSSO LAR. - ANDRÉ LUIZ. (CHICO XAVIER.)

                    RESUMO DE LIVROS ESPIRITAS.

                                         NOSSO LAR.

                                                           Pelo espírito de André Luiz.
                                               Psicografado por Francisco Cândido Xavier.

                        Cap. 35 – Encontro Singular.

            Guardavam-se apetrechos da excursão e se recolhiam animais de serviço quando a voz de alguém se fez ouvir carinhosamente ao meu lado:
            - André, você aqui? Que agradável surpresa...
            Voltei-me surpreendido e reconheci, no samaritano que assim falava, o velho Silveira, pessoa de meu conhecimento, a quem meu pai, como negociante inflexível, despoja de todos os bens.
            Justo acanhamento me dominou, então. Quis cumprimentá-lo, corresponder ao gesto afetuoso, mas a lembrança do passado me paralisava de súbito. Não podia fingir que naquele ambiente novo, onde a sinceridade transparecia de todos os semblantes. Foi o próprio Silveira que, compreendendo a situação, veio em meu socorro, acrescentando:
            - Francamente, ignorava que você tivesse deixado o corpo e estava longe de pensar que o encontraria em “Nosso Lar”.
            Identificando-lhe a amabilidade espontânea, abracei-o comovido, murmurando palavras de reconhecimento. Quis ensaiar algumas explicações relativas ao passado, mas não consegui. No fundo, desejava pedir desculpas pelo procedimento de meu pai, levando-o ao extremo de uma falência desastrosa. (...)
            Muito desconcertado, procurei Narcisa, ansioso de conselhos. Expus-lhe a ocorrência, detalhando os sucessos terrenos. Ela me ouviu com paciência e observou carinhosamente;
            - Não estranhe o fato. Vi-me, há tempos, nas mesmas condições. Já tive a felicidade de encontrar por aqui o maior número de pessoas que ofendi no mundo. Sei, hoje, que isso é uma bênção do Senhor, que nos renova a oportunidade de restabelecer a simpatia interrompida, recompondo os elo quebrados da corrente espiritual. (...)
            Não mais vacilei. Corri ao encontro de Silveira e falei-lhe abertamente, rogando perdão ao meu pai e a mim, as ofensas e os erros cometidos. (...)
            Abracei-o, então, em silêncio, experimentando uma alegria nova em minha alma. Pareceu-me que, em um dos escaninhos escuros do coração, acendeu uma divina luz para sempre.

            Fonte: FEB. Editora. – WWW.febrasil.org.br


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