VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
60 º. Parte. – Além desses documentos históricos e que servirão para as gerações futuras aquilatarem quem foi, em verdade, o Dr. Bezerra de Menezes, não podemos furtar-nos ao dever de transcrever, na integra, outro documento histórico e de caráter oficial – a Ata dos Anais da então Câmara Municipal desta Capital, 23ª sessão ordinária realizada em 16 de abril de 1900, sob a presidência do Interdente Senhor Rodrigues Alves, 1º secretário, em que trata justamente da desencarnação de Bezerra de Menezes:
“O Sr. HONÓRIO GURGEL diz que acaba de falecer um dos homens que representou o povo do Distrito Federal (então, Estado da Guanabara, hoje estado do Rio de Janeiro) por mais longo tempo. Cerca de vinte anos exerce o cardo de Presidente da antiga Câmara Municipal; teve assento na Câmara dos Deputados e figurou em listra tríplice para a cadeira de Senador. Refere-se ao Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, em benemérito, cujo retrato ocupa o lugar de honra no edifício em que funciona o conselho municipal.
“Sabe que contra ele, como tem acontecido com todos os homens políticos, se levantou uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de lama e impropérios, mas sabe, também, que a prova da pureza de sua alma deu-a o ilustre morto quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados as migalhas que possuía.
“Vi-o sempre correr pressuroso ao tugúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto da sua palavra de bondade, o recurso da sua ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa.
“É, pois, como representante do 3 º. Distrito que proponho que o Conselho, já que não pode determinar a ereção de um monumento que comemore tão beneméritos serviços, levante a sessão um sinal de pesar pelo falecimento do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes e como homenagem prestadas às suas grandes virtudes.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
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