SEGUNDA PARTE.
DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS.
CAPÍTULO IV.
TEORIA MANIFESTAÇÕES FÍSICAS.
77. Assim, quando um objeto é posto em movimento, elevado ou lançado no ar, não é o espírito que o pega, o empurra e o ergue como faríamos com a mão; ele o satura, por assim dizer, do seu fluido combinado com o do médium, e o o objeto, assim momentaneamente vivificado, age como faria um ser vivente, com diferença que, não tendo vontade própria, segue o impulso da vontade do Espírito.
Uma vez que o fluído vital, compelido de alguma forma pelo Espírito, dá uma vida factícia e momentâneas aos corpos inertes, que o perispírito não é outra coisa que esse fluido vital, segue-se, que quando o Espírito está encarnado, é ele que dá a vida ao seu corpo por intermédio do perispírito; a ele fica unido enquanto o organismo lhe permita; quando se retira, o corpo morre. Agora, se no lugar de uma mesa se talha uma estátua de madeira, e se age sobre está estatua como sobre a mesa, ter-se-á uma estatua que se desloca, que bate, que responde por seus movimentos e por suas pancadas; ter-se-á, em uma palavra, uma estatua momentaneamente animada de uma vida artificial; tem se dito das mesas falantes e, poder-se-ia também dizer as estátuas falantes. Que luz esta teoria não derrama sobre a multidão de fenômenos até agora sem solução! Que alegorias e efeitos misteriosos não explica!
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, páginas 57 e 58, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
RHEDAM.(rrhedam@gmail.com)
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