PADRINHO DE BATISMO.
O assunto girava em torno de cultos exteriores.
Um companheiro lembrava que o Espiritismo nos proporciona libertação das fórmulas exteriores de adoração.
Comentava-se se o espírita devia ou não aceitar o convites para apadrinhamento nos batizados de crianças, quando Isaltino da Silveira, conhecido espírita de Juiz de Fora, jocosamente asseverou:
- Deixe-me contar uma boa saída “desse negão aqui!...” (assim falando, referia-se ao Chico ali presente)
- Algumas vezes – continuo -, agradecidas pela assistência recebida e pelo carinho que devotam ao nosso estimado amigo, várias mães o procuram, pedindo que aceite ser padrinho de batismo de seus filhos. Encontrava-me, certa feita, ao seu lado, numa dessas ocasiões. E sabem o que o Chico lhe respondeu?
Ouvindo aquela evocação calorosa do querido amigo e lúcido orador espírita, o Chico confirmava sorrindo.
Contou-nos, então, o ocorrido, nosso prezado confrade de Juiz de Fora.
- Quando foi procurado para um batismo, ele explicou, com muito respeito, que no Espiritismo não existem tais cerimônias.
- “Mas a senhora me dá o nome da criança e dos pais, que irei ao cartório para registrá-la. Ficarei, assim, sendo seu padrinho espiritual...”
Aí, então, Isaltino remata, gracioso:
- Não foi uma boa saída essa do Chico!
E, mirando-o, concluiu:
- Só você mesmo para se sair com uma atirada destas!...
Fonte: Livro “ENCONTROS COM CHICO XAVIER” - autor CESAR CARNEIRO DE SOUZA - 1a. Edição. - UBERABA, MG. - 1986.
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