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terça-feira, 18 de março de 2014

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 74. - 62 º. Parte. - SILVIO BRITO SOARES.

VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.

            62 º. Parte. A propósito dessa missa, limitar-nos-emos a transcrever, sem qualquer comentário, as três notícias veiculadas pelo O Paíz, trazendo sempre, todas elas, como título: - Dr. Bezerra de Menezes:
              No dia 28 de maio de 1900:
            “Uma imponente cerimônia religiosa se efetuará amanha, na Igreja do Socorro, em São Cristóvão, em sufrágio da alma deste saudoso e humanitário clínico, constando de missa com libera-me promovida por um grupo de amigos dedicados e fiéis à sua memória, os quais irão em seguida ao cemitério São Francisco Xavier depositar uma grinalda no túmulo que encerra os seus despojos.
            “Será orador oficial o ilustrado Dr. João Pereira Lopes.
            Foram distribuídos convites á família e aos membros da Comissão Central do Patrimônio, além de cujo comparecimento esperam aqueles amigos o de todas as pessoas que, por gratidão ou amizade, se queiram associar àquele tributo de veneração e afeto ao virtuoso extinto”.
             No dia 29:
            “É hoje, as 9 horas, que se realiza na Igreja do socorro, em São Cristóvão, a missa com libera-me, mandada celebrar por m grupo de amigos deste eminente brasileiro, em sufrágio de sua alma, após o que, irão aqueles em romaria ao seu túmulo, no cemitério São Francisco Xavier.”
            No dia 30:
            “Apenas uma parte das cerimônias, para ontem anunciadas, em homenagem a este eminente espírito, pôde ser levada a efeito, e consistiu na romaria ao cemitério, onde, ao ser colocada sobre o túmulo, que encerra as suas cinzas, a grinalda oferecida pelos moradores de São Cristóvão, orou o Dr. João Pereira Lopes, produzindo uma belíssima e comovedora oração, que foi muito aplaudida, salientando os serviços prestados ao povo desta capital, quer como político, quer como médico, o venerando extinto, e terminado por dizer que, hoje, seria difícil haver quem fielmente imitasse aquele verdadeiro justo.
            “Quanto à missa com libera-me, no momento em que não tardava a começar o sacrifício, para o que já se achava previamente armado o catafalco, na Igreja do Socorro, com Orquestra a postos, e presente considerável número de fiéis, amigos do Dr. Bezerra de Menezes, foi recebida uma ordem do Revmo, vigário-geral da arquidiocese, proibindo os sufrágios, sob a alegação de se tratar do chefe dos espíritas do Brasil.
            “Houve alguns protestos por parte das pessoas presentes, que estranharam ser assim tolhida a expressão de seus sentimentos católicos, sob cuja inspiração haviam encomendados tais sufrágios.
            “Não passou disto, todavia, o incidente, retirando-se todos em demanda do cemitério onde teve lugar a cerimônia a que já aludimos.”

                                                           *

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”, - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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