O FENÔMENO CHAMADO NASCIMENTO.
Se não podemos permanecer indefinidamente encarnados, também não o podemos como desencarnados.
Para prosseguirmos em nosso glorioso destino, temos necessidade premente de progresso. E para progredirmos, precisamos renascer. E assim nossa vida de encarnados alterna-se com a de desencarnados; vivemos ora no plano material, ora no plano espiritual.
Depois de uma temporada mais ou menos longa que vivermos como espíritos desencarnados, teremos de nos encarnar de novo. Aqui chegando, passaremos por provas, quais colegiais. O que tivermos aprendido como desencarnados, poremos em prática como encarnados. Se o conseguirmos, conquistaremos mais um grau de progresso e ficaremos libertados de um pouco mais de nossas imperfeições. Isso depende de nossa força de vontade e de nossa persistência, porque não é fácil abandonarmos hábitos errôneos e adquirirmos hábitos salutares, isto é, cultivarmos a virtude.
Portanto, é imprescindível que os pais eduquem os seus filhos, fazendo com que adquiram, desde pequeninos, hábitos salutares e virtuosos. Diz o ditado:”Mostra a teu filho o bom caminho que o seguirá também velhinho”. Nada mais certo. Durante a infância, o espírito é maleável e recebe muito mais facilmente os ensinos que se lhe ministram e também é muito mais sensível aos exemplos que recebe.
Essa maleabilidade do espírito e essa sensibilidade que o tornam mais apto a receber novos ensinamentos, prendem-se ao fato de que “até aos sete anos, o espírito encontra em fase de adaptação para anova existência que lhe compete o mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais susceptível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar”. (Emmanuel – O Consolador, 1ª. edição da FEB.)
O nascimento é por conseguinte, nossa nova volta a um corpo de carne.
Fonte: Livro O Espiritismo aplicado - Eliseu Rigonatti - 1a. Edição- Editora Pensamento - São Paulo, SP.
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