A PALAVRA.
Dos dons com que Deus nos favoreceu para as experiências
na Terra, a palavra é dos mais belos e significativos, porque revela, ao ser
articulada, o pensamento e o coração de quem a pronuncia. Tanto podes acender
uma luz nas sombras dos caminhos humanos, com precipitar alguém num abismo.
Acautelemo-nos diante da palavra, não importa o assunto.
Ela não tem poder retroativo. Jogada ao vento, semeia ou destrói, com
conseqüências imprevisíveis para quem dela faz mal uso.
O Evangelho do Senhor é uma constelação de sóis
abençoados, formada de palavras, todas elas dirigidas como raios de luz às
nossas almas, abrindo-nos rotas de felicidade e de paz.
Mais que as frases rebuscadas e imponentes, são quase sempre
as expressões simples que definem com mais clareza a idéia nobre e elevada. É
quando a palavra flui do coração impregnada de sinceridade e amor, natural como
o canto dos pássaros, espontâneo e límpido.
No balanço diária do emprego da palavra, não é difícil
verificar o desperdício responsável por comentários infelizes em torno do
comportamento de nossos companheiros de jornada no mundo. Freqüentemente é
fixada a parte negativa dos procedimentos, com leve observação do tipo
atenuante, pronunciada, porém, de maneira imperceptível. A eloqüencia já teria
emoldurado as críticas maliciosas.
Toda advertência nesse campo é oportuna, como fala à
consciência sobre o dever de corrigir. Ao invés dos falatórios que degrada,
adote-se o silêncio que não compromete. Aguarde-se o momento adequado para o
emprego da palavra dentro da dignidade que ela merece.
VINÍCIUS.
(PEDRO
DE CAMARGO)
Fonte: Livro “CENTELHAS DA VIDA”, autores Eurícledes
Formiga e Espíritos Diversos, 1 ª. edição, Editora Instituto de Difusão
Espírita, Araras, SP, 1984.
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