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segunda-feira, 2 de abril de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER; - N º. 236. - UMA VIDA COM AMOR XXVII. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VIII. - UBIRATAN MACHADO.


                CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

                      UMA VIDA COM AMOR XXVII.

 UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VIII.

                                                                       UBIRATAN MACHADO.

         Foi mais ou menos por essa época que uma vidente paulista predisse    a morte de Chico em breve.
         “Não me preocupei nem um pouco com essa previsão. Infelizmente, certas pessoas gostam de sensacionalismo. Não temos a menor idéia do dia de nossa partida, a menos que haja alta concessão do Mundo Espiritual...”
         Exatamente por não saber nem o dia e nem a hora da sua desencarnação foi que Chico, homem sujeito a fraquezas como qualquer mortal, apavorou-se até o pânico durante uma viagem de avião de Uberaba para Belo Horizonte.
         Até Araxá a viagem transcorreu normalmente. Céu limpo, vôo sereno. Mas, a partir dali, o avião começou a trepidar como m possesso. Parecia descontrolado. Os passageiros começaram a revelar temor. Diante disso, tranqüilo, o comandante saiu da cabina e foi explicar o que não havia motivo para pânico. Tudo estava sob controle, o aparelho em perfeitas condições. Aqueles movimentos bruscos eram devidos que se denomina vento de cauda.
         Por alguns instantes, a serenidade voltou a reinar a bordo. Pouco depois, os movimentos se acentuaram. Muitas pessoas começaram a rezar em voz alta. As crianças choravam. Dominado pela emoção, Chico pôs-se a rezar, quase aos gritos: “Oh! Meu Deus, tende piedade de nós”. Quando sua vós subiu o tom, viu Emmanuel entrar no avião. O Espírito aproximou-se dele e perguntou-lhe o porque daquela cena.
         “Estamos em perigo”, responde Chico. “ Será que chegou a hora de eu morrer?”
         Emmanuel, sereno, disse-lhe:
         “Não posso saber se o Senhor resolveu determinar a sua desencarnação agora. Mas, se você julga que vai morrer, porque pelo menos morrer com educação, sem aumentara aflição dos outros”.
         Depois disso, Chico voltou a se controlar. Logo em seguida, o avião deixava de trepidar, seguindo em tranqüilo navegar.
         Essa história contada por Chico na televisão, provocou boas risadas. Para os que, depois dos risos, pensaram um pouco, demonstrou que o médium é um homem excepcional, exatamente por ser feito do mesmo barro que tdos nós. Esse programa, aliás, levado ao ar pela TV Tupi em 28 de julho de 1971, ficou nos anais da televisão brasileira. Durante quatro horas, o médium respondeu a centenas de perguntas de telespectadores e dos organizadores do Pinga Fogo. O programa, que ó terminou às três horas da madrugada, quebrou todos os índices de audiência da época.
         Dias depois, procurado por m jornalista, Chico diria, humildemente:
         “Não tenho e nada fiz de especial para que a imprensa dedique suas páginas a biografia deste apegado servidor. Mesmo porque a idade avançada na vida física e tantos anos de trabalho mediúnico fazem de mim, hoje, apenas um velho enfermo.”
         Engano de Chico, que continuaria trabalhando com a mesma avidez de fazer o bem até este início de 1984.

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

segunda-feira, 26 de março de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER. - N º. 235. - UMA VIDA COM AMOR XXVI. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VII. - UBIRATAN MACHADO.


         CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

                UMA VIDA COM AMOR XXVI.

UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VII.

                                                              UBIRATAN MACHADO.

         Além das rosas e de seus bichos, Chico quase nada possui. Gosta de andar a pé. Sua rotina inclui uma caminhada diária, de casa até a praça principal de Uberaba. Ali, no Bar 1001, toma um cafezinho. Na ótica ao lado, pára e conversa alguns minutos com o proprietário, seu Otávio. Em seguida, ruma para o Correio, em busca de correspondências – mais de 50 por dia.
         “almoço ao meio dia. Refeição comum do interior do Brasil. Nas horas da tarde, ocupo-me da correspondência usual e em datilografar as páginas escritas pelos Benfeitores Espirituais por nosso intermédio. Isso, depois do trabalho com os Amigos espirituais, psicografando ou revendo com eles as páginas da autoria deles mesmos, sempre com a assistência de Emmanuel. Aos domingos, dedico-me aos trabalhos de correspondência mais íntima. Durmo sempre depois das duas horas da madrugada. Sem jantar. Deixe de jantar quando completei 40 anos. E minha única noite de folga, aquela que dedico apenas ao descanso do meu corpo, já doente, é a noite de domingo”.
         Apenas a doença, de fato consegue afastá-lo dessa rotina operosa. Aos poucos, à piora progressiva de seus olhos vieram a juntar-se outros males, pequenos e grandes. Em 1969, foi operado da próstata, em São Paulo.

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

segunda-feira, 19 de março de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER. - N º. 234. - UMA VIDA COM AMOR XXIV. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VI. - UBIRATAN MACHADO.


         CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

                UMA VIDA COM AMOR XXIV.

 UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO VI.

                                                               UBIRATAN MACHADO.

         Uma rotina que, trabalho mediúnico à parte, não difere de milhões de brasileiros. Uma rotina que começa cedo na pequena casa cheia de rosas e bichos. A um repórter que certa vez lhe indagou se gostava de rosas, Chico explicou:
         “Os espíritos me pediram que plantasse, ao redor da casa, um certo número de flores. Como gosto de rosas, plantei rosas. Os espíritos explcam que as flores têm um corpo dinâmico que vai até o perfume, embora só vejamos as pétalas. O perfume, cria uma atmosfera balsâmica, propiciando mais recursos para a permanência dos espíritos em nosso meio”.
         Cachorros, gatos e coelhos fazem parte da realidade cotidiana de Chico, que muito os estima. Quem se interessa pela doutrina de Kardec sabe que os espíritos acreditam que os animais têm uma alma. Não tão complexa quanto a do bicho-homem, é lógico. Mas destinada também a ascender numa escala infinita de progresso.
         Se assim for o cachorro Lorde, que Chico possuía ainda em Pedro Leopoldo, tinha uma alma muito especial. Dizia-se que ele, como seu dono, “possuía até dons mediúnicos”. Bastava olhar as pessoas qe visitavam Chico para saber quais os aproveitadores, os sinceros e os simples curiosos. De acordo com o caso, latia com insistência ou abanava a cauda.
         Chico dizia que, na hora da oração matinal, Lorde era seu companheiro infalível. Punha as patas dianteiras em cima da mesa, abaixava a cabeça, parecendo rezar em estado de profunda concentração. Nos momentos de prece mais ardente, o cão olhava para Chico com indisfarçada ternura e chegava a chorar.
         Houve um outro cachorro,também em Pedro Leopoldo, que deixou muita saudade ao médium. Chamava-se Dom Negrito. Era pretinho, peludo, charmoso, Vira-lata espiritualizado, freqüentava o Centro São Luiz Gonzaga, nas noites de sessão, das oito da noite às duas da madrugada. Nunca faltava, ar concentrado, respeitoso, como se fosse também rezar.
         Em certa ocasião, um repórter encontrou em sua casa um coelho. Conversa vai, conversa vem, Chico demonstrando seu fino humor mineiro, sem malícia e sem grosseria, disse ao jornalista.
         “Este coelho não é muito honrado. Outro da, dois de meus gatos vieram denunciá-lo. Arranharam-me as mãos, praticamente me puxaram até o seu canto. Fui. O coelho estava comendo a ração de carne. Os coelhos são herbívoros Mas este, estragado pela escravidão, virou carnívoro”.

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

segunda-feira, 12 de março de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER. - N º. 233. - UMA VIDA COM AMOR XXIV. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO V. - UBIRATAN MACHADO



         CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

               UMA VIDA COM AMOR XXIV.

 UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO V.

                                                                       UBIRATAN MACHADO.

         Os cronistas esportivos exaltam o Brasil como a terra do futebol. O povo diz que Deus é brasileiro. Já os espíritos consideram nosso pais como a terra da Boa Nova. Daqui estaria destinado a partir um novo conceito de civilização, baseado no amor, mas tendo a filosofia espírita por base.  Pode-se duvidar disso. Mas o que ninguém pode negar é a crescente difusão do espiritismo brasileiro em países vizinhos, como o Uruguai e a argentina por exemplo.
         Nestes países, também aceita-se a predestinação histórica do Brasil. O número de maio/junho de 1963 da revista argentina Conocimento de la Nueva Era foi inteiramente dedicado ao nosso espiritismo. Significativamente, intitulava-se El Milagro Espiritual del Brasil. Num dos artigos da revista, Humberto Mariotti, então vice-presidente da Confederacion Espiritista Argentina, diz:
         “De fato, a nação brasileira está representando o mesmo papel histórico desempenhado pela antiga Israel por ocasião da vinda do Cristo. É este fato que nos permite compreender o progresso espiritualista naquele país e a causa de tantos feitos metapsíquicos e mediúnicos que estão comovendo, em primeiro lugar, a ciência positivo-materialista e, em seguida, as diversas escolas espirituais e religiosas de diversas correntes. Hoje, o Brasil é o país eleito para a Nova Revelação. Dali partem já poderosas irradiações psíquicas que estão influenciando a maioria dos países latino-americanos, como também a América do Norte.”
         E este fato segundo o articulista, foi reconhecido pela famosa Helen Blavatsky, e confirmado pela International Spiritualist Federation, de Londres, e pela Revue Spirite fundada por Allan Kardec. Essa crença seria mais uma vez reafirmada durante a longa viagem empreendida por Chico Xavier em 1965.
         Em maio daquele ano, Chico partiu para os Estados Unidos. Viagem de recreio, de difusão e para tratamento de saúde. Com o agravamento do problema da vista, o médium iria unir o indispensável ao agradável, consultando um centro oftalmológico em Nova Iorque e difundindo o espiritismo à brasileira nos Estados Unidos.
         Baseado no sadio princípio de que sempre temos algo a ensinar e muito a aprender, Chico e seus companheiros (entre os quais fgrava o médium Waldo Vieira), mal chegado aos Estados Unidos, resolveram visitar um Centro Espírita, lá denominado de Templo Espiritualista. Dirigiram-se ao Templo Espiritualista dos Dois Mundos e, como convinha a desconhecidos que chegavam a um ambiente estranho, sentaram-se no último banco.
         “Foi uma das experiências que mais me comoveram. Éramos quatro brasileiros, e chegamos sem qualquer aviso prévio à The Chuech of The Two Worlds, sediada em 3038 Q Street, em Washington, e dirigida pelo médium ministro Gordon Burroughs. Quando chegamos, o serviço estava começando. Ninguém ali nos conhecia.”
         No final da reunião a médium encarregada de transmitir as mensagens ao público subiu a tribuna. Começou dirigindo-se ao publico. Em seguida, indicou os quatro brasileiros, dizendo que eles, irmãos de um outro país, estavam ali para levar aos Estados Unidos uma tarefa de renovação espiritual e de aproximação fraterna.
         “A médium acrescentou que o trabalho iniciado reclamava tempo e sacrifício, mas que deveríamos prosseguir, que não faltaria amparo de Jesus e seus enviados.”
         Pouco depois em transe, a médium anunciava a presença, ao lado dos brasileiros, de um professor e um médico. Tratava-se de Emmanuel e André Luiz, cuja presença Chico e Waldo Vieira já havia captado.
         Dias depois, os brasileiros seguiram para a Pensilvânia, onde conheceram o Campo Espiritualista de Silver Belle, e dela para Nova Iorque, onde foram recebidos no Templo Benéfico Espiritualista, e no Templo Espiritualista Universal.
         Desde logo, constatou-se a imensa diferença entre o espiritismo norte-americano e o brasileiro. Ora, parte essencial da missão de Chico e seus companheiros era difundir lá o espiritismo evangélico, tal como se pratica no Brasil. O kardecismo nos Estados Unidos estava apenas engatinhando. Por isso, Chico e Waldo fundaram em Washington o Christian Spirit Center, destinado a manter os serviços iniciais de difusão da Doutrina Espírita, como é entendida e praticada nos Brasil. Nessa infiltração, estaria um primeiro passo rumo à concretização daquela crença que vê o Brasil predestinado a difundir um novo conceito de civilização?
         Imediatamente, o Christian Spirit Center iniciou seus trabalhos, dirigindo impressos com mensagens psicografadas no Brasil. Nas sessões realizadas, Chico psicografou várias mensagens em inglês, mais tarde reunidas em livro no Brasil e publicadas com o título de Entre Irmãos de Outras Terras.
         O fruto mais importantes da viagem de Chico, porém, foi o lançamento do tradução norte-americana do Ideal Espírita. Editado pela Philosophical Library, de Nova Iorque, com o título de The World of the Spirit, numa tiragem de 50 ml exemplares, o livro esgotou em menos de um mês. Logo depois, via edição inglesa, seria traduzido para o árabe. O romance Paulo e Estevão, ditado por Emmanuel, tambem fo traduzido pouco depois.
         O espiritismo evangélico a brasileira, implantado no Christian Spirit Center, encontrava imediata receptividade nos Estados Unidos. Em Nova Iorque foram fundados dois cultos de Evangelho, e na cidade de Elon College, na Carolina do Norte, surgiria o núcleo mais promissor, graças à dedicação e à extraordinária mediunidade de Mrs. Phyllis Haddad.
         O fato mais pitoresco (para a imprensa) da viagem de Chico ocorreu quando o médium psicografo a entrevista realizada pelo espírito de Humberto de Campos (irmão X) com Marilyn Monroe, no cemtério Memorian Park, de Hollywood. Na entrevista, bastante difundida na época, a atriz defendia-se da acusação de suicídio que lhe faziam, fato que parece ter sido confirmado por pesquisas posteriores.
         A viagem prosseguiu até a Europa, incluindo no roteiro Portugal, França e Inglaterra, onde Chico e seus companheiros mantiveram contato com espíritas daqueles países. Em seguida, a volta a Uberaba e à rotina de todos os dias.

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

terça-feira, 6 de março de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER - N º. 232. - UMA VIDA COM AMOR XXIII. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO IV. - UBIRATAN MACHADO.


        CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

              UMA VIDA COM AMOR XXIII.

 UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO IV.

                                                                UBIRATAN MACHADO.

         Retiram-se os últimos fiéis. E vão comentando casos, acontecidos naquele dia ou antes. Contam que Weaker tinha uma mercearia em Anápolis, Goiás, que lhe rendia o suficiente para uma vida tranqüila e farta. Um dia foi a Uberaba, em busca de uma receita para sua mulher, dona Zilda. Ela sarou. E o casal resolveu vender a mercearia e se fixar em Uberaba, trabalhando na Comunhão ao lado de Chico.
         Outro, que estava na fila atrás de uma senhora de São Paulo, conta que Chico incorporou o filho dela, falecido há algum tempo. E a mensagem do falecido dava detalhes minuciosos sobre a vida familiar, falava em amigos e parentes que também já haviam partido para o Além. E concluía pedindo para a mãe não continuar chorando, pois aquilo o angustiava.
         Lembram o caso daquela senhora de Campinas, São Paulo. Desejando ter noticia de um parente, morto havia alguns anos, partiu para Uberaba a fim de falar com Chico.  A mensagem recebida fora precisa e minuciosa. Contente, a mulher esperou a sessão terminar. Quando Chico já havia sido cumprimentado por todos os presentes, ele aproximou-se e tentou dar a ele uma certa quantia. Com humildade, sem afetação, o médium recuso o dinheiro, aconselhando-a a dar a quantia ao primeiro pobre que encontrasse.
         O desprendimento de Chico, aliás, é absolto. Há alguns anos, ganhou um relógio todo de ouro. Uma jóia caríssima. Alguns dias depois, foi visitar dona Glória Macedo. Na véspera, ele lhe dera um passe e uma receita, recebida como sempre pelo espírito de Bezerra de Menezes. Ao chegar na casa da amiga, viu que ela não apresentava qualquer melhora. Começaram a conversar, e Chico descobriu o motivo, dona Glória não estava tomando o remédio na hora certa, pois não tinha relógio. Ao se despedir, o médium deixou um presente na cabeceira da doente: o relógio de ouro que ganhou antes.

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER. - N º. 231. - UMA VIDA COM AMOR XXII. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO III. - UBIRATAN MACHADO.


         CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

                UMA VIDA COM AMOR XXII.

UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO III.

                                                                       UBIRATAN MACHADO.

         Como tanta gente, para chegar até o médium dona Júlia cumpria uma autentica maratona. O movimento nas proximidades da Comunhão inicia-se do meio dia, quando começam chegar os mais precavidos. A fila vai se formando, sob o sol forte do Triângulo. Há gente de todo tipo, cor, condição social. Desesperados, fiéis, carecidos, curiosos.
         Aos poucos a confusão vai aumentando, acabando com a tranqüilidade do bairro pacato. Centenas de carros de todos os estados buzinam, em busca de m local para estacionar. Os guardas apitam, procurando orientar os veículos. Há choro de crianças, lamento de velhos e doentes, pregões de vendedores. Os quarteirões qe circunda a rua Eurípedes Barsanulfo tornam-se pequenos para conter a multidão, ansiosa para ver e falar com o médium.
         Oito horas da noite. Abrem-se, afinal as portas da Comunhão, um imenso galpão, onde podem caber de 800 a 1000 pessoas. As imensas filas começam a se deslocar. Empurrões, atropelamentos. Não fosse a presença mágica de Chico e a coisa degeneraria em confusão. Mal entram no salão, porém, o entusiasmo ruidoso se transforma em admiração estática. Chico está sentado na cabeceira de uma mesa comprida. O traje é formal, terno, camisa esporte abotoada, sem gravata. As lentes escura dos óculos são muito grossas. O homem é feio, mas sorri, sorri sempre, e dele parece irradiar-se uma estranha paz.
         A euforia se apossa de todos. Os que estão mais atrás na fila põem-se nas pontas dos pés, esticam o pescoço como gansos. Em geral, o calor sufoca. Mas ninguém parece sentir nada. A medida que se aproxima o momento de pegar na mão de Chico, o beijá-lo, se possível, todos se sentem serenos.
         Após a prece e a leitura do Evangelho, Chico vai para uma saleta psicografar psicografar as receitas dadas pelo espírito de Bezerra de Menezes. Enquanto isso, dona Dalva Borges, auxiliar de Chico, inicia a sessão de palestras. A expectativa domina os fiéis, anciosos por receber algumas mensagem do Além.
         O burburinho das preces ainda enche o ambiente quando Chico retorna ao salão. Senta-se diante da imensa mesa, tira os óculos e começa a se concentrar.
         Ouve-se o silêncio. De vez em quando, o espocar do flash de algum fotógrafo.
         Cabeça baixa, olhos fechados, o médium passa as mãos na testa, como se estivesse dando um passe em si mesmo. Após alguns minutos de concentração, cobre os olhos com a mão esquerda e, com velocidade espantosa, vai enchendo páginas em brando. São mensagens em prosa ou em verso, de conteúdo filosófico o doutrinário.
         Chico reúne as folhas e passa a ler as mensagem numa vozinha fina, baixinha. Os fiéis aguçam os ouvidos. São quase onze hora da noite. A reunião já terminou, mas o médium, com sua invencível paciência, fica de pé até as três horas da madrugada. Respondendo a todos com carinho, distribui abraços e apertos de mão, sorri para ser fotografado,   

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER. - N º. 230. - UMA VIDA COM AMOR XXI - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO II. - UBIRATAN MACHADO.



  CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

          UMA VIDA COM AMOR XXI.

UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO II.

                                                  UBIRATAN MACHADO.

         A cidade ganhava um novo motivo para comentários: os casos extraordinários do médium. Como o acontecido com dona Julia Gomes de Oliveira. Na noite de 28 junho de 1963, ela se apresentou na sessão da Comunhão Espírita Cristã. Pessoa inteiramente desconhecida em Uberaba, fora até a busca de consolo ou orientação para o movimento trágico que passava.
         Como de praxe, dona Julia escreveu seu nome e idade numa folha de papel. Assim que pegou o papel, Chico começou a psicografar uma mensagem, assinada por Wilson de Oliveira. Tratava-se do filho de dona Julia, que, um mês antes, morrera afogado numa represa. Ninguém ali sabia do drama daquela senhora, residente na cidade de Barretos em São Paulo.
         Em sua mensagem, Wilson procurava tranqüilizar a mãe. Absolvia-a de qualquer culpa, coisa que preocupava bastante a mulher, pois fora ela quem convidara o filho a ir tomar banho na represa. O mais impressionante, porém, se deu com a assinatura que o espírito do rapaz após o pé da página. A letra era idêntica à de Wilson quando vivo, o que provocou um incontrolável acesso de choro em dona Julia. Concluída a sessão, Elias Barbosa, médico e biógrafo de Chico, teve ocasião de compara a assinatura psicografada com a existente na carteira de trabalho do rapaz, verificando a extrema semelhança entre ambas.

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER.. - N º. 229. - UMA VIDA COM AMOR XX. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO I. - UBIRATAN MACHADO.



   CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

           UMA VIDA COM AMOR XX.

UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO I.

                                                UBIRATAN MACHADO.

         Naquele fato político-administrativo haveria uma predestinação. Uma espécie de uma espécie de determinação do Além. E a profecia de Dom Bosco era lembrada a três por dois. Para os espíritas, que viam essa tese com especial agrado, tão importante quanto a transferência da capital fora a mudança de Chico Xavier de Pedro Leopoldo para Uberaba. Mudava-se a capital espírita do Brasil.
         Ao contrario da pequenina terra natal de Chico, Uberaba era uma cidade média com 100 mil habitantes. E rica. Zona de gado, em vias de se tornar importante centro universitário. Logo, por suas ruas amplas e extensas, começou a se notar um inusitado afluxo de carros de todos os estados. Uberaba, porém, não era uma Pedro Leopoldo. E o movimento de estranhos se diluía ma vida mais ou menos intensa da cidade. Não dava para se perceber grandes diferenças.
         Mas quem se dirige para a Rua Eurípedes Barsanulfo, já um tanto afastado do centro, poderia constatar como a cidade estava cheia de visitantes. Naquele endereço, funcionava a Comunhão Espírita Cristã, onde as sextas feiras, Chico atendia ao público.
         O movimento de visitantes foi intenso desde a chegada de Chico, mas, no inicio, os uberabenses olhavam com indisfarçável curiosidade seu novo e mais famoso habitante. Aos poucos, no entanto, a curiosidade foi sendo substituída por carinho orgulhoso. E, como num reconhecimento a sua simplicidade, o médium passou a ser chamado por todos de Tio Chico.
         Chico Xavier vivia em Uberaba com a mesma simplicidade com que vivera quase meio século em Pedro Leopoldo, cumprindo rigorosamente suas obrigações mediúnicas e profissionais. Funcionário exemplar, nunca falhou ao serviço. Mas os problemas com os olhos começaram a se acentuar de maneira grave. E, em 1963, após trinta anos de serviços prestados como auxiliar de serviço da antiga Inspetoria Regional do Serviço de Fomento da Produção Animal, aposentava-se na categoria de escriturário, nível 8, por incapacidade.
         Aposentado no Estado, manteve-se ativíssimo no serviço espiritual. Continuava psicografando madrugada adentro. Dessa forma, pôde manter a média de publicação de três livros por ano. Sem deixar de atender quem quer que fosse procurá-lo.
* 
            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)