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terça-feira, 20 de agosto de 2019

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 161. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III. - SILVIO BRITO SOARES.


 MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES.

  RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III.

                                                Autor : Silvio Brito Soares.

            Bezerra de Menezes foi a caridade personificada. Num de seus artigos domingueiros, expendeu seu pensamento a respeito dessa virtude tão resplandecente, porquanto sentia, realmente, que toda moral de Jesus se resume na Caridade e na Humildade, isto é, as duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho, os dois grandes inimigos do nosso progresso.
            Ele sabia que a máxima espiritista – Fora da caridade não há Salvação – assenta, com bem o declara o Codificador, num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade; mandamento este que, na expressão de Paulo (Espírito), encerra os destinos dos homens na Terra e no Céu; na Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; no Céu, porque os que houveram praticado acharão graça diante do Senhor.
            Bezerra deu, de acordo com as instruções que recebera no Espaço e recebia da Espiritualidade, a feição evangélica ao Espiritismo, e é graças a essa feição que a nossa querida Doutrina tanto tem avançado em terras do Cruzeiro do Sul.
            Mas, devemos ressaltar, ele não só deu essa feição evangélica sebão também, até o instante derradeiro de sua permanência na Terra, soube, de maneira invulgar, evidenciá-la em suas palavras e atitudes, em seus pontos de vista e sentimentos, em suas idéias e convicções, em seus ensinos e exemplos, em suas prédicas e testemunhos.
            Enfim, num dia cheio de sol, em que a própria Natureza, engalanada e sorridente, parecia entoar os mais sublimes cânticos a Deus, como hosanas àqueles que, cheios de fé, após a luta áspera e contínua, singram os espaços, impulsionados pelo dínamo do Amor, ao soar das onze horas e trinta minutos (11 de abril de 1900),
                        pelo seu rosto sempre lindo
                        somem-se os olhos imortais
                        quais dois faróis que vão fugindo
                        e cada vez brilhando mais.
            Quem o visse, agora, deitado no ataúde, mãos cruzadas sobre o peito, o rosto numa palidez de cera, semblante sereno e emoldurado pela brancura de seus canelos e de suas longas barbas, tinha a impressão de que Bezerra dormia tranqüilamente.
            Era, porém, impressão apenas, porque seu Espírito, tão logo se libertou das gangas carnais, iniciou nova extraordinária marcha pelo Brasil a fora a bem dos que sofrem, gemem e choram!

                        Bezerra de Menezes foi a caridade personificada.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

segunda-feira, 15 de julho de 2019

MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 160. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - II. - SILVIO BRITO SOARES.


MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. 

    RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - II.

                                              Autor : Silvio Brito Soares.

            Bezerra de Menezes era incapaz de ofender quem quer que fosse, preferindo sofrer a fazer os outros sofrerem; suportava, individualmente, todos os doestos, todas as críticas e comentários desfavoráveis à sua pessoa, e até insultos horríveis, chegando ao ponto de políticos despeitados, invejosos de seu prestígio no seio das massas populares e também das elites, usarem de baixos expedientes, fazendo publicar, em jornais inescrupulosos, desenhos nos quais esse homem de ilibada honestidade era apresentado como salteador de estradas.
            Era preciso, para tanto, possuir, como ele possuía, uma fé viva, ativa e produtiva, que não descoroçoa com coisa alguma, que nada teme; um amor fecundo, que espalha por toda a Terra a semente santa e a conduz a dar bons frutos; e aqui está para nós a maior dificuldade – estar de posse de uma abnegação completa, de um absoluto esquecimento das ofensas, de uma caridade do coração e dos lábios, que não só perde como ainda esqueça que tenha havido ofensa.
            Não obstante sua mansuetude e espírito fraternista, por excelência, pronta e decididamente saía à liça, como um leão, quando o Espiritismo era atacado, disposto a fazer bater em retirada o atacante, com as armas de sua inteligência, de sua dialética, de seus conhecimentos e de sua indômita coragem. Nessas lutas, pouco se lhe dava que seus contendores ocupassem altos postos na política ou na administração pública, que gozassem do maior prestígio dos poderosos. Colocava acima dos interesses pessoais a defesa do Espiritismo, desde que ela se fizesse necessária.
            Bezerra de Menezes, que também usava o pseudônimo de Max, foi um polemista no bom sentido, na melhor acepção da palavra, e discutia por que era o Espiritismo frontalmente atacado pelos seus opositores. Suas réplicas, porém, eram sempre vazadas em linguagem escorreita, embora candente por vezes, porque a verdade fere quase sempre aqueles que defendem idéias e concepções falsas, que honram a Deus com os lábios, ensinando doutrinas e mandamentos humanos.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quarta-feira, 3 de julho de 2019

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES.- Nº. 159. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - I. - Autor : Silvio Brito Soares.


MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES.

   RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - I.

                                               Autor : Silvio Brito Soares.

            A data de 29 de agosto é de grande emoção para todos os espíritas da Pátria do Cruzeiro do sul, e especialmente para os que aceitam, pregam e praticam o Espiritismo como o Evangelho redivivo de N. S. Jesus-Cristo. E isto porque, precisamente naquele dia volvia ás plagas terrenas, no Riacho do Sangue, no Estado do Ceará, este Espírito altamente evangelizado, emissário de Ismael, que aqui se tornou conhecido e estimado com o nome de Adolfo Bezerra de Menezes.
            Pois bem, esse foi o maior de todos os espiritistas que já pisaram o solo brasileiro perguntou-se a si mesmo, certa vez, qual seria a pedra fundamental do Espiritismo, em sua pura concepção. E ele próprio, a seguir, respondeu: - o Evangelho!
            Sim, porque o fim da Revelação Espírita, clara e positivamente prescrito pelos seus porta-vozes, único componentes para determiná-lo, é a interpretação do ensino divino em espírito e verdade.
            E se esse é o fim a ele assinalado por Deus, como no-lo ensinam os Espíritos Reveladores, onde os fundamentos invocados por aqueles que o consideram apenas Ciência?
            Ciência é ele, porque altíssima Religião e quem diz Religião diz Ciência, por ser a Religião a Ciência das ciências. Neste sentido, e só neste, pode-se dizer que o Espiritismo é Ciência; religião cientifica.
            Querer, porém, destacar os dois elementos, dos quais um procede do outro, é desnaturar a Revelação, tal como assim o fizeram  Jerusalém e Roma.
            Bezerra de Menezes não se cansava de dizer que o Espiritismo é a Luz mais intensa que veio guiar as novas gerações para a perfeição humana e que a missão dos espíritas é a de espalhar essa Luz por toda a superfície da Terra. Se ele assim bem o disse, melhor ainda o demonstrou durante todo o período do seu messianato de Amor.
            Sim, a alma de Bezerra de Menezes era toda afeto e bondade, alimentando sempre o desejo ser útil aos seus semelhantes. Suas ações cotidianas, seus pensamentos, puros e límpidos, levavam-na a estar continuadamente envolvida nos fluidos amordáveis e salutares do Cristo. Era como que um imã a atrair forças vitais da Natureza e que ele distribuía, magnânima e profusamente, aos seus doentes, que as recebiam, em maior ou menor porção de acordo com a intensidade de sua fé, de sua confiança e de seus sentimentos, mesmo porque, como disse o Espírito Joaquim Murtinho, que na Terra foi médico e operava curas maravilhosas com a homeopatia, “os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para cura positiva das antigas enfermidades que acompanham a alma, século trás séculos”.
            “Vox populi, vox dei”. As vozes de milhares de consulentes pobres, a quem ele, Bezerra fornecia os remédios e até mesmo dinheiro para o alimento, anunciando as curas feitas, chegaram aos ouvidos da alta sociedade. E, apesar de suas consultas serem dadas com modesta farmácia de subúrbio, a ela diariamente afluíam centenas de pessoas de bolsas recheadas que disputavam ser atendidas por esse médico realizador de milagres. Bezerra de Menezes, no entanto, não era um priveligiado por Deus; as por outros facultativos, desde que soubessem conjugar o verbo Amar com Bezerra o conjugava.

        Fonte: O Reformador, PÁG 17 E 18. – N º. 1.868. – Ano. 102. – Novembro, 1984.
           
                                    RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 094. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III. -: Silvio Brito Soares.

MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. 

    RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III.

                                                   Autor : Silvio Brito Soares.

            Bezerra de Menezes foi a caridade personificada. Num de seus artigos domingueiros, expendeu seu pensamento a respeito dessa virtude tão resplandecente, porquanto sentia, realmente, que toda moral de Jesus se resume na Caridade e na Humildade, isto é, as duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho, os dois grandes inimigos do nosso progresso.
            Ele sabia que a máxima espiritista – Fora da caridade não há Salvação – assenta, com bem o declara o Codificador, num princípio universal e abre a todos os filhosde Deus acesso à suprema felicidade; mandamento este que, na expressão de Paulo (Espírito), encerra os destinos dos homens na Terra e no Céu; na Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; no Céu, porque os que houveram praticado acharão graça diante do Senhor.
            Bezerra deu, de acordo com as instruções que recebera no Espaço e recebia da Espiritualidade, a feição evangélica ao Espiritismo, e é graças a essa feição que a nossa querida Doutrina tanto tem avançado em terras do Cruzeiro do Sul.
            Mas, devemos ressaltar, ele não só deu essa feição evangélica sebão também, até o instante derradeiro de sua permanência na Terra, soube, de maneira invulgar, evidenciá-la em suas palavras e atitudes, em seus pontos de vista e sentimentos, em suas idéias e convicções, em seus ensinos e exemplos, em suas prédicas e testemunhos.
            Enfim, num dia cheio de sol, em que a própria Natureza, engalanada e sorridente, parecia entoar os mais sublimes cânticos a Deus, como hosanas àqueles que, cheios de fé, após a luta áspera e contínua, singram os espaços, impulsionados pelo dínamo do Amor, ao soar das onze horas e trinta minutos (11 de abril de 1900),
                        pelo seu rosto sempre lindo
                        somem-se os olhos imortais
                        quais dois faróis que vão fugindo
                        e cada vez brilhando mais.
            Quem o visse, agora, deitado no ataúde, mãos cruzadas sobre o peito, o rosto numa palidez de cera, semblante sereno e emoldurado pela brancura de seus canelos e de suas longas barbas, tinha a impressão de que Bezerra dormia tranqüilamente.
            Era, porém, impressão apenas, porque seu Espírito, tão logo se libertou das gangas carnais, iniciou nova extraordinária marcha pelo Brasil a fora a bem dos que sofrem, gemem e choram!

                        Bezerra de Menezes foi a caridade personificada. Num de

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - II. - Silvio Brito Soares.

    MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES.

          RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - II.

                                                Autor : Silvio Brito Soares.

            Bezerra de Menezes era incapaz de ofender quem quer que fosse, preferindo sofrer a fazer os outros sofrerem; suportava, individualmente, todos os doestos, todas as críticas e comentários desfavoráveis à sua pessoa, e até insultos horríveis, chegando ao ponto de políticos despeitados, invejosos de seu prestígio no seio das massas populares e também das elites, usarem de baixos expedientes, fazendo publicar, em jornais inescrupulosos, desenhos nos quais esse homem de ilibada honestidade era apresentado como salteador de estradas.
            Era preciso, para tanto, possuir, como ele possuía, uma fé viva, ativa e produtiva, que não descoroçoa com coisa alguma, que nada teme; um amor fecundo, que espalha por toda a Terra a semente santa e a conduz a dar bons frutos; e aqui está para nós a maior dificuldade – estar de posse de uma abnegação completa, de um absoluto esquecimento das ofensas, de uma caridade do coração e dos lábios, que não só perde como ainda esqueça que tenha havido ofensa.
            Não obstante sua mansuetude e espírito fraternista, por excelência, pronta e decididamente saía à liça, como um leão, quando o Espiritismo era atacado, disposto a fazer bater em retirada o atacante, com as armas de sua inteligência, de sua dialética, de seus conhecimentos e de sua indômita coragem. Nessas lutas, pouco se lhe dava que seus contendores ocupassem altos postos na política ou na administração pública, que gozassem do maior prestígio dos poderosos. Colocava acima dos interesses pesoais a defesa do Espiritismo, desde que ela se fizesse necessária.
            Bezerra de Menezes, que também usava o pseudônimo de Max, foi um polemista no bom sentido, na melhor acepção da palavra, e discutia por que era o Espiritismo frontalmente atacado pelos seus opositores. Suas réplicas, porém, eram sempre vazadas em linguagem escorreita, embora candente por vezes, porque a verdade fere quase sempre aqueles que defendem idéias e concepções falsas, que honram a Deus com os lábios, ensinando doutrinas e mandamentos humanos.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

- MENSAGEM BEZERRA DE MENEZES. - N º. 092. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - I. - SILVIO BRITO SOARES.



MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. 

     RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - I.

                                                  Autor : Silvio Brito Soares.

            A data de 29 de agosto é de grande emoção para todos os espíritas da Pátria do Cruzeiro do sul, e especialmente para os que aceitam, pregam e praticam o Espiritismo como o Evangelho redivivo de N. S. Jesus-Cristo. E isto porque, precisamente naquele dia volvia ás plagas terrenas, no Riacho do Sangue, no Estado do Ceará, este Espírito altamente evangelizado, emissário de Ismael, que aqui se tornou conhecido e estimado com o nome de Adolfo Bezerra de Menezes.
            Pois bem, esse foi o maior de todos os espiritistas que já pisaram o solo brasileiro perguntou-se a si mesmo, certa vez, qual seria a pedra fundamental do Espiritismo, em sua pura concepção. E ele próprio, a seguir, respondeu: - o Evangelho!
            Sim, porque o fim da Revelação Espírita, clara e positivamente prescrito pelos seus porta-vozes, único componentes para determiná-lo, é a interpretação do ensino divino em espírito e verdade.
            E se esse é o fim a ele assinalado por Deus, como no-lo ensinam os Espíritos Reveladores, onde os fundamentos invocados por aqueles que o consideram apenas Ciência?
            Ciência é ele, porque altíssima Religião e quem diz Religião diz Ciência, por ser a Religião a Ciência das ciências. Neste sentido, e só neste, pode-se dizer que o Espiritismo é Ciência; religião cientifica.
            Querer, porém, destacar os dois elementos, dos quais um procede do outro, é desnaturar a Revelação, tal como assim o fizeram  Jerusalém e Roma.
            Bezerra de Menezes não se cansava de dizer que o Espiritismo é a Luz mais intensa que veio guiar as novas gerações para a perfeição humana e que a missão dos espíritas é a de espalhar essa Luz por toda a superfície da Terra. Se ele assim bem o disse, melhor ainda o demonstrou durante todo o período do seu messianato de Amor.
            Sim, a alma de Bezerra de Menezes era toda afeto e bondade, alimentando sempre o desejo ser útil aos seus semelhantes. Suas ações cotidianas, seus pensamentos, puros e límpidos, levavam-na a estar continuadamente envolvida nos fluidos amordáveis e salutares do Cristo. Era como que um imã a atrair forças vitais da Natureza e que ele distribuía, magnânima e profusamente, aos seus doentes, que as recebiam, em maior ou menor porção de acordo com a intensidade de sua fé, de sua confiança e de seus sentimentos, mesmo porque, como disse o Espírito Joaquim Murtinho, que na Terra foi médico e operava curas maravilhosas com a homeopatia, “os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para cura positiva das antigas enfermidades que acompanham a alma, século trás séculos”.
            “Vox populi, vox dei”. As vozes de milhares de consulentes pobres, a quem ele, Bezerra fornecia os remédios e até mesmo dinheiro para o alimento, anunciando as curas feitas, chegaram aos ouvidos da alta sociedade. E, apesar de suas consultas serem dadas com modesta farmácia de subúrbio, a ela diariamente afluíam centenas de pessoas de bolsas recheadas que disputavam ser atendidas por esse médico realizador de milagres. Bezerra de Menezes, no entanto, não era um priveligiado por Deus; as por outros facultativos, desde que soubessem conjugar o verbo Amar com Bezerra o conjugava.

        Fonte: O Reformador, PÁG 17 E 18. – N º. 1.868. – Ano. 102. – Novembro, 1984.
           
                                    RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 034. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III. - SILVIO BRITO SOARES.

       MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. 

            RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III.

                                                           Autor : Silvio Brito Soares.

            Bezerra de Menezes foi a caridade personificada. Num de seus artigos domingueiros, expendeu seu pensamento a respeito dessa virtude tão resplandecente, porquanto sentia, realmente, que toda moral de Jesus se resume na Caridade e na Humildade, isto é, as duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho, os dois grandes inimigos do nosso progresso.
            Ele sabia que a máxima espiritista – Fora da caridade não há Salvação – assenta, com bem o declara o Codificador, num princípio universal e abre a todos os filhosde Deus acesso à suprema felicidade; mandamento este que, na expressão de Paulo (Espírito), encerra os destinos dos homens na Terra e no Céu; na Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; no Céu, porque os que houveram praticado acharão graça diante do Senhor.
            Bezerra deu, de acordo com as instruções que recebera no Espaço e recebia da Espiritualidade, a feição evangélica ao Espiritismo, e é graças a essa feição que a nossa querida Doutrina tanto tem avançado em terras do Cruzeiro do Sul.
            Mas, devemos ressaltar, ele não só deu essa feição evangélica sebão também, até o instante derradeiro de sua permanência na Terra, soube, de maneira invulgar, evidenciá-la em suas palavras e atitudes, em seus pontos de vista e sentimentos, em suas idéias e convicções, em seus ensinos e exemplos, em suas prédicas e testemunhos.
            Enfim, num dia cheio de sol, em que a própria Natureza, engalanada e sorridente, parecia entoar os mais sublimes cânticos a Deus, como hosanas àqueles que, cheios de fé, após a luta áspera e contínua, singram os espaços, impulsionados pelo dínamo do Amor, ao soar das onze horas e trinta minutos (11 de abril de 1900),
                        pelo seu rosto sempre lindo
                        somem-se os olhos imortais
                        quais dois faróis que vão fugindo
                        e cada vez brilhando mais.
            Quem o visse, agora, deitado no ataúde, mãos cruzadas sobre o peito, o rosto numa palidez de cera, semblante sereno e emoldurado pela brancura de seus canelos e de suas longas barbas, tinha a impressão de que Bezerra dormia tranqüilamente.
            Era, porém, impressão apenas, porque seu Espírito, tão logo se libertou das gangas carnais, iniciou nova extraordinária marcha pelo Brasil a fora a bem dos que sofrem, gemem e choram!
  

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 033. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - II. - SILVIO BRITO SOARES.

MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. (CHICO XAVIER.)

                         RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - II.

                                            Autor : Silvio Brito Soares.

            Bezerra de Menezes era incapaz de ofender quem quer que fosse, preferindo sofrer a fazer os outros sofrerem; suportava, individualmente, todos os doestos, todas as críticas e comentários desfavoráveis à sua pessoa, e até insultos horríveis, chegando ao ponto de políticos despeitados, invejosos de seu prestígio no seio das massas populares e também das elites, usarem de baixos expedientes, fazendo publicar, em jornais inescrupulosos, desenhos nos quais esse homem de ilibada honestidade era apresentado como salteador de estradas.
            Era preciso, para tanto, possuir, como ele possuía, uma fé viva, ativa e produtiva, que não descoroçoa com coisa alguma, que nada teme; um amor fecundo, que espalha por toda a Terra a semente santa e a conduz a dar bons frutos; e aqui está para nós a maior dificuldade – estar de posse de uma abnegação completa, de um absoluto esquecimento das ofensas, de uma caridade do coração e dos lábios, que não só perde como ainda esqueça que tenha havido ofensa.
            Não obstante sua mansuetude e espírito fraternista, por excelência, pronta e decididamente saía à liça, como um leão, quando o Espiritismo era atacado, disposto a fazer bater em retirada o atacante, com as armas de sua inteligência, de sua dialética, de seus conhecimentos e de sua indômita coragem. Nessas lutas, pouco se lhe dava que seus contendores ocupassem altos postos na política ou na administração pública, que gozassem do maior prestígio dos poderosos. Colocava acima dos interesses pesoais a defesa do Espiritismo, desde que ela se fizesse necessária.
            Bezerra de Menezes, que também usava o pseudônimo de Max, foi um polemista no bom sentido, na melhor acepção da palavra, e discutia por que era o Espiritismo frontalmente atacado pelos seus opositores. Suas réplicas, porém, eram sempre vazadas em linguagem escorreita, embora candente por vezes, porque a verdade fere quase sempre aqueles que defendem idéias e concepções falsas, que honram a Deus com os lábios, ensinando doutrinas e mandamentos humanos.


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

terça-feira, 22 de setembro de 2015

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES.- N ª. 032. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - I. - SILVIO BRITO SOARES. - O REFORMADOR.

 MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. (CHICO XAVIER.)

                          RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - I.

                                              Autor : Silvio Brito Soares.

            A data de 29 de agosto é de grande emoção para todos os espíritas da Pátria do Cruzeiro do sul, e especialmente para os que aceitam, pregam e praticam o Espiritismo como o Evangelho redivivo de N. S. Jesus-Cristo. E isto porque, precisamente naquele dia volvia ás plagas terrenas, no Riacho do Sangue, no Estado do Ceará, este Espírito altamente evangelizado, emissário de Ismael, que aqui se tornou conhecido e estimado com o nome de Adolfo Bezerra de Menezes.
            Pois bem, esse foi o maior de todos os espiritistas que já pisaram o solo brasileiro perguntou-se a si mesmo, certa vez, qual seria a pedra fundamental do Espiritismo, em sua pura concepção. E ele próprio, a seguir, respondeu: - o Evangelho!
            Sim, porque o fim da Revelação Espírita, clara e positivamente prescrito pelos seus porta-vozes, único componentes para determiná-lo, é a interpretação do ensino divino em espírito e verdade.
            E se esse é o fim a ele assinalado por Deus, como no-lo ensinam os Espíritos Reveladores, onde os fundamentos invocados por aqueles que o consideram apenas Ciência?
            Ciência é ele, porque altíssima Religião e quem diz Religião diz Ciência, por ser a Religião a Ciência das ciências. Neste sentido, e só neste, pode-se dizer que o Espiritismo é Ciência; religião cientifica.
            Querer, porém, destacar os dois elementos, dos quais um procede do outro, é desnaturar a Revelação, tal como assim o fizeram  Jerusalém e Roma.
            Bezerra de Menezes não se cansava de dizer que o Espiritismo é a Luz mais intensa que veio guiar as novas gerações para a perfeição humana e que a missão dos espíritas é a de espalhar essa Luz por toda a superfície da Terra. Se ele assim bem o disse, melhor ainda o demonstrou durante todo o período do seu messianato de Amor.
            Sim, a alma de Bezerra de Menezes era toda afeto e bondade, alimentando sempre o desejo ser útil aos seus semelhantes. Suas ações cotidianas, seus pensamentos, puros e límpidos, levavam-na a estar continuadamente envolvida nos fluidos amordáveis e salutares do Cristo. Era como que um imã a atrair forças vitais da Natureza e que ele distribuía, magnânima e profusamente, aos seus doentes, que as recebiam, em maior ou menor porção de acordo com a intensidade de sua fé, de sua confiança e de seus sentimentos, mesmo porque, como disse o Espírito Joaquim Murtinho, que na Terra foi médico e operava curas maravilhosas com a homeopatia, “os ensinamentos da fé constituem receituário permanente para cura positiva das antigas enfermidades que acompanham a alma, século trás séculos”.
            “Vox populi, vox dei”. As vozes de milhares de consulentes pobres, a quem ele, Bezerra fornecia os remédios e até mesmo dinheiro para o alimento, anunciando as curas feitas, chegaram aos ouvidos da alta sociedade. E, apesar de suas consultas serem dadas com modesta farmácia de subúrbio, a ela diariamente afluíam centenas de pessoas de bolsas recheadas que disputavam ser atendidas por esse médico realizador de milagres. Bezerra de Menezes, no entanto, não era um priveligiado por Deus; as por outros facultativos, desde que soubessem conjugar o verbo Amar com Bezerra o conjugava.

        Fonte: O Reformador, PÁG 17 E 18. – N º. 1.868. – Ano. 102. – Novembro, 1984.
           

                                    RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)