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terça-feira, 20 de agosto de 2019

- MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 161. - RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III. - SILVIO BRITO SOARES.


 MENSAGEM DE BEZERRA DE MENEZES.

  RELEMBRANDO BEZERRA DE MENEZES - III.

                                                Autor : Silvio Brito Soares.

            Bezerra de Menezes foi a caridade personificada. Num de seus artigos domingueiros, expendeu seu pensamento a respeito dessa virtude tão resplandecente, porquanto sentia, realmente, que toda moral de Jesus se resume na Caridade e na Humildade, isto é, as duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho, os dois grandes inimigos do nosso progresso.
            Ele sabia que a máxima espiritista – Fora da caridade não há Salvação – assenta, com bem o declara o Codificador, num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade; mandamento este que, na expressão de Paulo (Espírito), encerra os destinos dos homens na Terra e no Céu; na Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; no Céu, porque os que houveram praticado acharão graça diante do Senhor.
            Bezerra deu, de acordo com as instruções que recebera no Espaço e recebia da Espiritualidade, a feição evangélica ao Espiritismo, e é graças a essa feição que a nossa querida Doutrina tanto tem avançado em terras do Cruzeiro do Sul.
            Mas, devemos ressaltar, ele não só deu essa feição evangélica sebão também, até o instante derradeiro de sua permanência na Terra, soube, de maneira invulgar, evidenciá-la em suas palavras e atitudes, em seus pontos de vista e sentimentos, em suas idéias e convicções, em seus ensinos e exemplos, em suas prédicas e testemunhos.
            Enfim, num dia cheio de sol, em que a própria Natureza, engalanada e sorridente, parecia entoar os mais sublimes cânticos a Deus, como hosanas àqueles que, cheios de fé, após a luta áspera e contínua, singram os espaços, impulsionados pelo dínamo do Amor, ao soar das onze horas e trinta minutos (11 de abril de 1900),
                        pelo seu rosto sempre lindo
                        somem-se os olhos imortais
                        quais dois faróis que vão fugindo
                        e cada vez brilhando mais.
            Quem o visse, agora, deitado no ataúde, mãos cruzadas sobre o peito, o rosto numa palidez de cera, semblante sereno e emoldurado pela brancura de seus canelos e de suas longas barbas, tinha a impressão de que Bezerra dormia tranqüilamente.
            Era, porém, impressão apenas, porque seu Espírito, tão logo se libertou das gangas carnais, iniciou nova extraordinária marcha pelo Brasil a fora a bem dos que sofrem, gemem e choram!

                        Bezerra de Menezes foi a caridade personificada.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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