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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

- MENSAGEM PARA MEDITAR. - N º. 305. - MEU GUIA ESPIRITUAL - ALLAN KARDEC.


CONCERNENTES AO ESPIRITISMO.

Manuscrito composto com especial cuidado por Allan Kardec e do qual nenhum capítulo fora ainda publicado.

                           25 de março de 1856.
      (Em casa do Sr. Baudin; médium: Srta. Baudin)

                    MEU GUIA ESPIRITUAL

Morava eu, por essa época, na rua dos Mártires, número 8, no segundo andar, ao fundo. Uma noite, estando no meu gabinete a trabalhar, pequenas pancadas se fizeram ouvir na parede que me separava do aposento vizinho. A princípio, nenhuma atenção lhes dei; como, porém, elas se repetissem mais fortes, mudando de lugar, procedi a uma exploração minuciosa dos dois lados da parede, escutei para verificar se provinham do outro pavimento e nada descobri.
O que havia de singular era que, de cada vez que eu me punha a investigar, o ruído cessava, para recomeçar logo que eu retomava o trabalho. Minha mulher entrou da rua por volta das dez horas; veio ao meu gabinete e, ouvindo as pancadas, me perguntou o que era. Não sei, respondi-lhe, há uma hora que isto dura. Investigamos juntos, sem melhor êxito. O ruído continuou até à meia-noite, quando fui deitar-me.
No dia seguinte, como houvesse sessão em casa do Sr. Baudin, narrei o fato e pedi que mo explicassem.
Pergunta — Ouvistes, sem dúvida, o relato que acabo de fazer; poderíeis dizer-me qual a causa daquelas pancadas que se fizeram ouvir com tanta persistência?
Resposta — Era o teu Espírito familiar.
P. — Com que fim foi ele bater daquele modo?
R. — Queria comunicar-se contigo.
P. — Poderíeis dizer-me quem é ele?
R. — Podes perguntar-lhe a ele mesmo, pois que está aqui.
NOTA — Nessa época, ainda se não fazia distinção nenhuma entre as diversas categorias de Espíritos simpáticos. Dava-se-lhes a todos a denominação de Espíritos familiares.
P. — Meu Espírito familiar, quem quer que tu sejas, agradeço-te o me teres vindo visitar. Consentirás em dizer-me quem és?
R. — Para ti, chamar-me-ei A Verdade e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.
P. — Ontem, quando bateste, estando eu a trabalhar, tinhas alguma coisa de particular a dizer-me?
R. — O que eu tinha a dizer-te era sobre o trabalho a que te aplicavas; desagradava-me o que escrevias e quis fazer que o abandonasses.
NOTA — O que eu estava escrevendo dizia respeito, precisamente, aos estudos que empreendera acerca dos Espíritos e de suas manifestações.
P. — A tua desaprovação era referente ao capítulo que eu escrevia ou ao conjunto do trabalho?
R. — Ao capítulo de ontem; submeto-o ao teu juízo; se o releres, reconhecerás tuas faltas e as corrigirás.
P. — Eu mesmo não me sentia satisfeito com esse capítulo e o refiz hoje. Está melhor?
R. — Está melhor, mas ainda não satisfaz. Relê da 3ª a 30ª linha e com um grave erro depararás.
P. — Rasguei o que escrevera ontem.
R. — Não importa! Isso não impediu que a falta continuasse. Relê e verás.
P. — O nome Verdade, que adotaste, constitui uma alusão à verdade que eu procuro?
R. — Talvez; pelo menos, é um guia que te protegerá e ajudará.
P. — Poderei evocar-te em minha casa?
R. — Sim, para te assistir pelo pensamento; mas, para respostas escritas em tua casa, só daqui a muito tempo poderás obtê-las.
NOTA — Com efeito, durante cerca de um ano, nenhuma comunicação escrita obtive em minha casa e sempre que ali se encontrava um médium, com quem eu esperava conseguir qualquer coisa, uma circunstância imprevista a isso se opunha. Somente fora de minha casa lograva eu receber comunicações.
P. — Poderias vir mais amiúde e não apenas de mês em mês?
R. — Sim, mas não prometo senão uma vez mensalmente, até nova ordem.
P. — Terás animado na Terra alguma personagem conhecida?
R. — Já te disse que, para ti, sou a Verdade; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberás a respeito.
NOTA À noite, de regresso a casa, dei-me pressa em reler o que escrevera. Quer no papel que eu lançara à cesta, quer em nova cópia que fizera, se me deparou, na 30ª linha, um erro grave, que me espantei de haver cometido. Desde então, nenhuma outra manifestação do mesmo gênero das anteriores se produziu. Tendo-se tornado desnecessárias, por se acharem estabelecidas as minhas relações com o meu Espírito protetor, elas cessaram. O intervalo de um mês, que ele assinara para suas comunicações, só raramente foi mantido, no princípio. Mais tarde, deixou de o ser, em absoluto. Fora sem dúvida um aviso de que eu tinha de trabalhar por mim mesmo e para não estar constantemente a recorrer ao seu auxílio diante da menor dificuldade.

                                                                                  ALLAN KARDEC.

            Fonte: O Livro “OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a. Edição. –Instituto de Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

- MENSAGEM PARA MEDITAR. - N º. 304. - CONCERNENTES AO ESPIRITISMO. - MEU ESPÍRITO PROTETOR. - ALLAN KARDEC.


 CONCERNENTES AO ESPIRITISMO.

Manuscrito composto com especial cuidado por Allan Kardec e do qual nenhum capítulo fora ainda publicado.

                         11 de dezembro de 1855

(Em casa do Sr. Baudin; médium: Sra. Baudin)

                   MEU ESPÍRITO PROTETOR

Pergunta (Ao Espírito Z.) — No mundo dos Espíritos algum haverá que seja para mim um bom gênio?
Resposta — Sim.
P. — Será o Espírito de algum parente, ou de algum amigo?
R. — Nem uma coisa, nem outra.
P. — Quem foi ele na Terra?
R.— Um homem justo de muita sabedoria.
P. — Que devo fazer, para lhe granjear a benevolência?
R.— Todo o bem possível.
P. — Por que sinais poderei reconhecer a sua intervenção?
R.— Pela satisfação que experimentarás.
P. — Terei algum meio de o invocar e qual esse meio?
R.— Ter fé viva e chamá-lo com instância.
P. — Reconhecê-lo-ei, depois da minha morte, no mundo dos Espíritos?
R.— Sobre isso não pode haver dúvida; será ele quem virá receber-te e felicitar-te, se houveres desempenhado bem a tua tarefa.
NOTA — Vê-se, por estas perguntas, que eu era ainda muito noviço acerca das coisas do mundo espiritual.
P. — O Espírito de minha mãe me vem visitar algumas vezes?
R.— Vem e te protege quanto lhe é possível.
P. — Vejo-a freqüentemente em sonho. Será uma lembrança e um efeito da minha imaginação?
R.— Não; é mesmo ela que te aparece; deves compreendê-lo pela emoção que sentes.
NOTA — Isto é perfeitamente exato. Quando minha mãe me aparecia em sonho, eu experimentava uma emoção indescritível, o que o médium não podia saber.
P. — Quando, faz algum tempo, evocamos S. e lhe perguntamos se poderia ser o gênio protetor de um de nós, ele respondeu: “Mostre-se um de vós digno disso, e estarei com esse; Z. vo-lo dirá.” Julgas que eu poderei merecer esse favor?
R.— Se o quiseres.
P. — Que me é necessário para isso?
R.— Fazer todo o bem que possas e suportar com coragem as penas da vida.
P. — Pela natureza da minha inteligência, terei aptidão para penetrar, tanto quanto ao homem for permitido fazê-lo, as grandes verdades acerca do nosso destino futuro?
R.— Sim, tens a aptidão necessária, mas o resultado dependerá da tua perseverança no trabalho.
P. — Poderei concorrer para a propagação dessas verdades?
R.— Sem dúvida.
P. — Por que meios?
R.— Sabê-lo-ás mais tarde; enquanto esperas, trabalha.

                                                                                  ALLAN KARDEC.

            Fonte: O Livro “OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a. Edição. –Instituto de Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

sexta-feira, 13 de abril de 2018

- MENSAGEM ESPECIAL. - SOCORRE, FILHO MEU. - MEIMEI. (CHICO XAVIER.)

          SOCORRE, FILHO MEU.

Não passes distraído, diante da dor.
                                                           0
            Nesses semelhantes, que o sofrimento descoloriu e nessas vozes fatigadas, em que a tortura plasmou a escala de todos os gemidos, Jesus, o nosso Mestre Crucificado, continua incompreendido e desfalecente...
                                                           0
            Nessas longas multidões de aflitos e infortunados, encontrarás a nossa própria família.
                                                           0
            Quantos deles albergaram esperanças, iguais àquelas que nos alimentam os sonhos, sem qualquer oportunidade de realização? Quantos tentaram atingir a presença da luz, incapazes de vencer a opressão das través?!...
                                                           0
            Essas crianças, caídas no berço da angústia, esses enrugados velhinhos sem ninguém, essas criaturas que a ignorância e a provação mergulharam no poço da enfermidade ou no espinheiro do crime, são nossos irmãos, à frente do eterno Pai!...
                                                           0
            Estende-lhes tua alma, na dádiva que possas oferecer, guardando a certeza de que, amanhã, provavelmente, estarás também suspirando pelo bálsamo do socorro, na bênção de um pão ou na luz de uma prece amiga!
                                                           0
            Recorda que as mãos, hoje, por ti libertadas dos grilhões da penúria, podem ser aquelas que, amanhã, chegarão livres e luminosas, em teu auxílio!...
                                                           0
            Ao pé de cada coração desventurado, Jesus nos espera, em silêncio.
                                                           0
            Socorre, pois, meu irmão, e na doce melodia do bem, ainda meso que dificuldades e sombras te ameacem a luta, ouvirás, no imo do coração, a voz do Divino Mestre, a encorajar-te, paciente e amoroso: “Tem bom ânimo! Eu estou aqui”.

                                                                                              Meimei.

            Fonte: Livro – CARIDADE – Espíritos Diversos. – Francisco Cândido Xavier. – 2 ª. edição. – Editora: Instituto de Difusão Espírita. – Araras, SP. – abril de 1980.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

- POEMAS ESPIRITAS. PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - AO MEU CARO QUINTÃO. - CASIMIRO CUNHA. (CHICO XAVIER. )


           AO MEU CARO QUINTÃO.

Quintão, eu sei da saudade
Que te aperta o coração,
Dos nossos dias passados,
Que tão distantes se vão.

Vassouras!... belas paisagens
Cheias de vida e de cor,
Um céu azul e estrelado
Cobrindo uns ninhos de amor.

Árvores fartas e verdes
Pela alfombra dos caminhos,
A ermida branca e suave
De ternos, doces carinhos.

O nosso amigo Moreira
E a sua barbearia,
Onde uma vez me encontraste
Na minha noite sombria.

Detalhes cariciosos
Da vida singela e calma,
Vida de encantos divinos
Que eu via com os olhos d'alma.

Meus pobres versos – “Singelos”,
“Aves implumes” da dor,
Que traduziam no mundo
O meu pungente amargor.

A minha pobre Carlota,
A companheira querida,
O raio de claridade
Da noite da minha vida.

Os artigos do Bezerra
De outros tempos, no “O Pais”,
O mestre da Velha Guarda,
Unida, forte e feliz.

A tua doce amizade
A luz do Consolador,
Teu coração generoso
De amigo, irmão e mentor.

Ah! Quintão, hoje os meus olhos
Embebedam-se de luz,
Pelas estradas sublimes
Da santa paz de Jesus!

Mas não sei onde a saudade
É mais forte nos seus véus,
Se pelas sombras da Terra,
Se pelas luzes dos Céus.

Casimiro Cunha

POETA vassourense, nasceu aos 14 de abril de 1880 e desencarnou em 1914. Pobre, ao demais espírita confesso, não teve maior projeção no cenáculo literário do seu tempo, mau grado à suavidade da sua musa e inatos talentos literários. Há, na sua existência terrena, uma triste particularidade a assinalar, qual a de haver perdido uma vista aos 14 anos, por acidente, para de todo cegar da outra aos 16. Órfão de pai aos 7 anos, apenas freqüentou escolas primárias. Era um espírito jovial e forte no infortúnio, que ele sabia aproveitar no enobrecimento da sua fé. Se tivesse tido maior cultura, atingiria as maiores culminâncias do firmamento literário.

            Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

- GOTAS EVANGÉLICAS. - ESTUDANDO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. - CAPÍTULO II. - MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO. - ALLAN KARDEC.



                                                               CAPÍTULO II.

                                   MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO.

1.      Tornou a entra Pilatos no palácio, e chamou a Jesus, e
disse: Tu és o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: O meu
reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo,
certo que os meus ministros haveriam de pelejar para que eu
não fosse entregue aos judeus; mas por agora o meu reino é
daqui. Disse então Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus:
Tu o dizes. E sou rei. Eu não nasci nem vim a este mundo
senão para dar testemunho da verdade; todo aquele que é da
verdade ouve a minha voz. (João, 18:33, 36 e 37)

            Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec - 3a. Edição - Editora Petit - São Paulo, SP - 2000.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)