APOIO FRATERNO.
O VÍCIO DE FUMAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS III.
Pergunta — Qual a opinião dos mestres espirituais a
vossa explicação?
Ramatís — O tabagismo
é uma doença da qual padece grande parte da humanidade quando, devido à sua proverbial
displicência, se deixa escravizar ao culto insano para com o “senhor” fumo que,
então, a subjuga tanto na esfera dos pensamentos, das relações sociais e aptidões
psíquicas, como interfere até no campo das inspirações superiores. Cada homem
dominado por esse vício tenta apresentar suas razões pessoais para justificar
sua escravidão à tirania do tabaco, cujo vício, por ter desenvolvido fortes
raízes, já lhe comanda o próprio psiquismo. Uns alegam que fumam para “matar o
tempo” ou então porque precisam de recursos hipnóticos para acalmarem os
nervos; outros atribuem à fumaça preguiçosa do cigarro ou do cachimbo o poder
inspirativo para o êxito dos bons negócios ou para incentivo à produção literária.
Atualmente, fumam professores, médicos, militares, advogados, engenheiros,
poetas, filósofos ou cientistas; fumam sacerdotes e malfeitores; operários e
patrões! O vício só varia quanto à técnica e o modo de se queimar a erva
escravizante, que é ajustado de conformidade com a classe, a fortuna, a hierarquia
ou a distinção social. Os sertanejos e os aldeões fumam o malcheiroso cigarro
de palha ou então usam sarrentos pitos de barro; os homens de classe média
fumam cigarros de papel, enquanto os mais afortunados se distinguem pelo uso de
vistosas piteiras de aro de ouro; sugam polpudos charutos ou então se utilizam
de finíssimos cachimbos que lhes pendem dos lábios salivosos. Mas é claro que
não tem valor essa ostensiva e pitoresca diferença no modo de se queimar o fumo
de conformidade com a classe ou a posse da criatura, pois o vício traz a todos
as mesmas consequências nocivas e a escravidão mental execrável!
Notai que o fumante inveterado vive inconsciente de sua própria escravidão,
pois mete a mão no bolso, retira a cigarreira pobre ou luxuosa, abre-a, toma de
um cigarro, põe no aos lábios e o acende, alheio a todos esses movimentos que o
próprio vício guia instintivamente. E um autômato vivo e tão condicionado ao
vício de fumar que, em geral, desde o momento em que retira a cigarreira do
bolso até quando acende o cigarro, cumpre exclusivamente uma vontade oculta,
nociva e indomável.
Em consequência, o fumante inveterado já não fuma; ele é estupidamente fumado;
já não comanda a sua vontade, mas é comandado servilmente pelo tabaco. O
comando subvertido no seu psiquismo, como se fora entidade estranha, controla
todos os seus movimentos e assenhoreia-se do seu automatismo biológico, para
intervir discricionariamente, a seu belprazer, no espírito do fumante, mesmo
quando este se distrai preso a outras preocupações. E uma perda completa de
vontade e de domínio da criatura, porquanto o seu corpo físico se transforma em
um vivo e inconsciente incinerador de tabaco.
Fonte: Livro
FISIOLOGIA DA ALMA. – RAMATIS. – Psicografado pelo Médium HERCILIO MAES. – 15 ª
edição. – Editora do Conhecimento – Limeira, SP. – Ano 2010.
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