Compadece-te de todos aqueles que
não podem ou não sabem esperar.
Estão eles em toda parte.
Quase sempre são vítimas da
inquietação e do medo.
Observa quantos já transpuseram a
linha da própria segurança.
São casais que não se toleram nas
primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se compromissaram,
abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se encaminham para
o sofrimento maior; são mães que rejeitam os filhos que carregam no seio,
entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de criaturas que se
lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro, caindo, às vezes,
em largas faixas de doença ou desequilíbrio; são homens que repelem os
problemas inerentes as tarefas que lhes dizem respeito, escapando para
situações duvidosas, sob alegação de que procuram distração e repouso, quando
apenas estão dilapidando a estabilidade das obras que, mais tarde, lhes
propiciariam refazimento e descanso; são amigos doentes ou desesperados que se
rebelam contra os supostos desgostos da vida e se inclinam para o suicídio,
destruindo os recursos e oportunidades que os transportariam para a conquista
da vitória e da paz em si mesmos; são jovens, famintos de liberdades e prazer
que, impedidos ao acesso a satisfações imediatas, se engolfam no abuso dos
alucinógenos, estragando as faculdades com que o tempo os auxiliaria na construção
da felicidade porvindoura.
Façamos algo por eles, os nossos
irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os benefícios da serenidade e da
esperança.
Pronuncia algumas frases de otimismo
e encorajamento; escreve algum bilhete que os reanime para a bênção de viver e
servir;estende simpatia em algum gesto espontâneo de gentileza; repete
consideração e concurso amigo nos diálogos que colaborem na sustentação da paz
e da solidariedade.
Não te declares sem possibilidade de
contribuir,nem digas que tens todas as tuas horas repletas de encargos e
serviços dos quais não te podes distanciar.
Faze algo, no erguimento do bem.
Nas realizações de fraternidade,
quem ama faz o tempo.
MEIMEI.
(Chico Xavier).
Fonte: Livro “Deus Aguarda” - MEIMEI - F. C. Xavier -
1. Edição - Editora GEEM - São Bernardo do Campo. SP - 1980.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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