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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 115. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. MÉDIUNS SEM QUE O SAIBAM. - ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.)

           MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

             MÉDIUNS SEM QUE O SAIBAM.

            “Os médiuns involuntários ou naturais são aqueles cuja influência se exerce com o seu desconhecimento. Não têm nenhuma consciência do seu poder e, freqüentemente, o que se passa de anormal ao seu redor não lhes parece em nada extraordinário (...)” Cap. XIV – Segunda Parte – item 161)

            Desde tempos imemoriais o intercâmbio entre os dois planos da Vida é uma realidade.
            Os homens primitivos desencarnados não conseguiam se ausentar das cavernas em que viviam, à espera de uma nova oportunidade de serem reconduzidos ao corpo físico. Na base de todas as civilizações vamos encontrar a presença do mediunismo. Os indígenas ainda hoje crêem na influência dos Espíritos; trazidos para o Brasil em regime de cativeiro, os africanos nos legaram um patrimônio místico extraordinário das diversas ramificações de suas crenças espirituais.
            Os persas afirmavam que os Espíritos habitavam as florestas e as montanhas;os hindus possuíam um panteão de milhares e milhares de deuses representando as forças da Natureza; os egípcios, com suas doutrinas iniciáticas, intercambiavam com os mortos no silêncio dos templos e das pirâmides; na Grécia, Tales de Mileto ensinava que todas as coisas estavam repletas de “deuses”...
            Nenhum homem sobre a face da Terra vive isolado do Mundo Espiritual, creia ou não creia na sobrevivência da alma após a morte.
            De certa forma, todos, encarnados e desencarnados, somos interexistentes, de vez que a faculdade relacional da mediunidade nos predispõe ao contato, consciente ou inconsciente, com as diferentes dimensões da Vida.
            Influenciamos e somos influenciados.
            Os dois mundos, por assim dizer, se interpenetram sem, no entanto, se tocarem. Interagindo-se mutuamente, o progresso de um está obrigatoriamente vinculado ao progresso do outro.
            Em vão, o homem tenta ilhar-se psiquicamente ante o invisível. A fronteira que separa os dois lados na verdade inexiste!
            Todos os homens são, portanto, médiuns. A diferença é que uns sabem disso e o admitem e outros relutam em aceitar a realidade histórica dos fatos, certamente querendo se eximir de responsabilidades maiores.
            Os que são médiuns sem saber que são acabam por se transformar em instrumentos cegos do Mundo Espiritual; tanto servem aos seus propósitos mais nobres quanto, a exemplo de Átila ou um Hitler, servem às falanges espirituais que se opõem à paz que o Cristo trouxe ao mundo.
            Quantos crimes, na atualidade,estarrecem a opinião publica! Quantos homens, até então pacíficos, transformam-se de repente em grandes criminosos?! Quantos, dizendo-se agir em nome de Satanás, saem atirando a esmo na multidão, como se tomados por um estranho acesso de loucura?!...
            O Conhecimento da mediunidade é, sem dúvida, um preventivo eficaz contra a obsessão.
            A partir do momento que admite a influência perniciosa do Mundo Espiritual, o homem já começa a criar obstáculos mentais à sua livre atuação,resistindo assédio das tentações; deixa de ser um joguete nas mãos dos Espíritos inescrupulosos e, conseqüentemente¨, procura sintonia com os de uma ordem mais elevada...

            Os que são médiuns sem saber que o são, envolvidos pelos Espíritos infelizes em suas crises de cólera, cometem os mais absurdos desatinos, chegando a chocar a opinião pública que fica sem explicação para o funesto acontecimento que protagonizam. E a facilidade com esses companheiros da mediunidade involuntária se deixam dominar é espantosa;se procurassem educar a força medianímica de que são portadores, realizariam prodígios extraordinários em prol da coletividade...
            Assim como aterra é a “médium” da semente na produção do fruto e assim como o fogo é o “médium” da argila na produção da porcelana, todos os homens e todos os Espíritos são médiuns entre si, comunicando-se uns com os outros de forma ininterrupta.
            Querer ignorar o fenômeno da inspiração que envolve os homens, inclinando-os ao bem ao mal, é o mesmo que tentar ignorar a brisa que chega, de manso, das campinas ou o vendaval que sopra, de rijo, provocando destruição por onde passa.
            Conscientizar os que são médiuns sem saber que o são, é uma das finalidades precípuas do Espiritismo; cumpra ele esta sublime tarefa e já terá dito ao que veio sobre a Terra!...

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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