INCONTINÊNCIA
SEXUAL E DOENÇAS.
6.8. – Educação
sexual à luz do Evangelho. Medicina preventiva do corpo e da alma.
Analisando os problemas da educação
sexual, principalmente do homossexual, à luz do Espiritismo, lembremos as
palavras de uma elevada personalidade espiritual no livro “No Mundo Maior”, que
nos faz recordar que os problemas sexuais são todos de origem espiritual.
Senão, analisemos:
“(...) temos, na inquietação sexual,
fenômeno peculiar ao nosso psiquismo, em marcha para superiores zonas da
evolução”.
Todas as nossas manifestações
sexuais, bem como os problemas da sexualidade humana, estão profundamente
radicados na estrutura mental, e não simplesmente em neurônios, glândulas e
hormônios, cuja atuação no organismo se concentra unicamente no sentido da
expressão dos caracteres sexuais físicos.
Todos nós (em especial, o irmão
homossexual interessado em educar-se para a prática do AMOR ESPIRITUALIZADO)
enfrentamos não somente as doenças sexualmente transmissíveis, dentre elas a
Aids, mas também o sintoma íntimo mais infeliz – a TORTURA SEXUAL, problema
também na maior gravidade, inerente a cada pessoa, o qual está profundamente
radicado em nossa estrutura psicologia, ou seja, na mente.
A educação do homossexual na área do
sexo, à luz do Espiritismo, não se fará com a eliminação dos seus reflexos
mentais de feminilidade ou masculinidade, pois estes já constituem patrimônios
íntimo. Adquiridos em experiências nas reencarnações sucessivas, nos milênios.
O que é bom no Espírito deve ser conservado, cabendo somente o dever de
aperfeiçoar e purificar essas qualidades. É imprescindível que o homossexual
trabalhe a espiritualização de sua própria personalidade para que possa,
através dela, dominar os desejos inferiores, conter as aberrações sexuais e
distanciar-se da promiscuidade sexual, direcionando suas energias psíquicas com
MUITO ESFORÇO INTERIOR para as obras da FÉ SUPERIOR, da CARIDADE, da VIRTUDE e
das ARTES. O querido médium e sábio conhecedor da alma humana, Chico Xavier, em
resposta a Folha Espírita, de novembro de 1988, quando questionado a respeito
da Aids, iluminou-nos a mente com seguinte esclarecimento: “Acredito que a Aids, a nova moléstia, não é
um castigo de Deus, mas uma questão criada por nós mesmos, as criaturas da
Terra, e que alcançará, por misericórdia de Deus, a vacina necessária para que
nos desvencilhemos de semelhante flagelo.
Devemos
compreendê-lo como uma sugestão para melhorar os nossos costumes. Não podemos
dizer que seja um castigo de Deus uma doença que tem aparecido nos próprios
recém-nascidos. Os cuidados, a higiene, a possível abstenção sexual e o
respeito uns a frente dos outros são os remédios de que dispomos, à espera de
um antídoto, uma vacina que está sendo elaborada pelos nossos cientistas”.
Do ponto de vista material, a
“camisinha de Vênus” e orienta para a diminuição de parceiros sexuais, como
meio de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, essencialmente a
Aids, ao passo que o Espiritismo nos oferece a prática das virtudes
evangélicas, como preservativo das doenças da alma, sem o qual estaremos
expostos ao contágio de todo tipo de bacilos psíquicos e irradiações mentais
infecciosas, a debilitar as nossas energias espirituais.
De nossa parte, queremos afirmar que
pertence a cada criatura, seja na condição de homossexual ou heterossexual, a
responsabilidade pessoal de promover, quando lhe aprouver, a auto-educação das
energias do libido, para que possa a cada dia, conquistar o amor
espiritualizado, aprendendo a aplicá-las com equilíbrio e discernimento, expandindo
a sensibilidade para novas fontes de prazeres mais nobres e sutis, muito além
do sexo fisiológico.
Em matéria de sexo, é necessário
entender, não a proibição, mas a educação; não preconceito, mas compreensão da
individualidade psicológica sexual de cada pessoa; não a satisfação fácil do
desejo, mas disciplina; não viciação do instinto sexual, mas uso com
discernimento; não abstinência imposta, mas emprego digno. Devemos adquirir
valores morais superiores, para purificar nossos desejos e aprimorar a energia
sexual, não somente no prazer momentâneo do orgasmo fisiológico, mas, muito
especialmente no prazer íntimo e profundo de doar e permutar o amor, carinho,
simpatia, humilde e renúncia em nosso relacionamento afetivo e sexual, apesar
das grandes dificuldades e imperfeições morais de todos nós em Humanidade.
WALTER
BARCELOS.
Fonte: Livro “SEXO E EVOLUÇÃO” - Walter Barcelos - 4a.
Edição - Editora FEB. - Rio de Janeiro, RJ. Setembro/1995.
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