Powered By Blogger

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 116. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - MÉDIUNS FACULTATIVOS. - ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.)

           MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                   MÉDIUNS FACULTATIVOS.

                        “(...) é preciso fazer o sujeito passar do estado de médium natural para médium facultativo. (...) para esse efeito, em lugar de entravar os fenômenos, o que se consegue raramente e o que não é sempre sem perigo, é preciso excitar o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se sobre o espírito.“ (Cap. XIV – Segunda parte – item 162)

            Feliz de abraça mediunidade de forma consciente responsável, consagrando-se ao seu mistério com devotamento e sinceridade!
            Para os que a ela se dedicam com amor, a mediunidade é abençoada oportunidade de ascensão espiritual, resgatando débitos do pretérito e aprofundando-se no conhecimento superior da Vida.
            Os médiuns, por maiores sejam os obstáculos que enfrentem, não devem, em hipótese alguma e sob nenhum pretexto, considerar penoso e sacrificial o exercício da mediunidade.
            O que diríamos do lavrador que maldissesse a enxada com que cultiva a gleba que lhe garantirá o pão?!
            Para os medianeiros, o momento do intercâmbio com o Invisível, seja no contato com os Espíritos amigos ou no serviço de enfermagem espiritual junto aos Espíritos sofredores, deve ser de alegria, procurando valorizar cada minuto em que lhe seja possível permutar experiências.
            Observamos médiuns que, infelizmente, encaram a mediunidade como um fardo a lhes pesar sobre os ombros, e talvez, se não temessem o próprio desequilíbrio, teriam já abandonado a charrua do serviço...
            Outros companheiros da mediunidade não se dedicam a nenhum outro tipo de tarefa nos grupos espíritas a que se vinculam, permanecendo indiferentes às demais atividades doutrinárias da Casa; aparecem uma vez por semana, na hora da reunião mediúnica, e depois se ausentam... Longe de criticá-los, esses irmãos foram, digamos “abraçados” pela mediunidade, mas ainda não se decidiram a “abraçá-la”... Para eles, o centro espírita é apenas uma espécie de hospital onde, semanalmente, às vezes a contragosto, vão receber tratamento...
            Esses medianeiros, com os quais o Mundo Espiritual não pode contar como necessários, lamentarão mais tarde o tempo que furtaram a si mesmos, deixando de multiplicar os talentos que lhes foram confiados.
            O aperfeiçoamento da mediunidade exige perseverança, interesse, disciplina, estudo, amor e paciência. Muitos médiuns querem começar do ponto de onde muitos estão, digamos, “terminando”... Afoitos, ignoram que o tempo é indispensável ao êxito de ordem espiritual. Os Espíritos Benfeitores secundam os esforços sérios e sabem identificar aqueles que têm apenas uma aparência de devotamento.
            De quantos anos necessitará um músico para se tornar um exímio pianista?! Quantas vezes deverá ensaiar um ator, decorando o texto, para obter boa performance numa peça teatral?! Quantos cursos fará um médico, a fim de que se especialize em determinada área, habilitando-se ao exercício da profissão?!
            O grande equívoco dos médiuns é deixar todo o trabalho por conta dos Espíritos! Raros são os medianeiros que procuram “especializar-se” em seus dotes mediúnicos naturais, buscando facilitar o trabalho que os Espíritos desejam desenvolver por seu intermédio. Pela sua importância, tratremos deste assunto num capítulo à parte.
            Contassem os Espíritos Benfeitores com a boa vontade dos médiuns e com um pouco mais do seu precioso tempo e, certamente, conseguiriam produzir muito mais do que produzem, dando à doutrina um impulso maior. Entretanto, por agora, nós, os Espíritos bem intencionados, temos que sujeitar o nosso tempo ao tempo que os nossos irmãos médiuns podem nos dedicar; não estamos nos queixando – porque reconhecemos as dificuldades de sobrevivência sobre a Terra no apagar das luzes deste milênio (e Inicio do Terceiro Milênio), entretanto esta é a lamentável realidade. É justamente por isto que muitos Espíritos de célebres literatos não escrevem para o mundo; falta-lhes a paciência necessária para encontrar e para “fazer” um médium – processo que lhes parece moroso demais... Por “fazer” um médium, estamos nos referindo ao preparo que o Espírito carece se submeter e de submeter-se junto do médium, a fim de que realmente produza algo de proveitoso em termos de literatura.
            Seja, portanto, qual for o tipo de mediunidade a que te consagres, abraça-a com respeito e carinho, agradecendo a Deus por te encontrares trilhando esta estrada de luz, distante dos tantos atalhos que te conduziram a tenebrosos precipícios...

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário