A
CRIANÇA ABANDONADA.
A criança, conforme os cuidados e o carinho que lhe sejam
dispensados, é tenro broto destinado a ser árvore dadivosa amanhã, glorificando
nos seus frutos a graça da vida como ensejo iluminante do Espírito em
crescimento sob as bênçãos de Deus.
Toda obra de caridade, onde se manifeste e inspire
corações generosos, é sempre reflexo da Misericórdia Divina, atenda esse ou
aquele departamento das necessidades humanas.
No entanto, convida-nos mais atentamente o coração ao
serviço de amparo aos pequeninos sem o abrigo do lar, arrancados pelos ventos
adversos às almas que lhes seriam arrimo e segurança no mundo. Eles chamam mais
diretamente aos que decidiram pela exemplificação das lições do Divino Mestre,
carecendo dos recursos da assistência e da orientação, não apenas nos
institutos religiosos ou oficiais, mas também nos lares capacitados por amor e
recolhê-los.
Sim, porque o apelo do amor que nos é dirigido por essas
crianças sem rumo é o chamado mais eloqüente e sublime que nos move à
realização da obra da fraternidade entre os homens.
A Família Universal é uma só. Todavia, reunidos na Terra
como componentes dessa família cósmica, representamos uma humanidade em
desenvolvimento sob a égide do Cristo de Deus. O Trabalho de renovação do mundo
não cessa. Aguarda sempre e muito nas doações de amor dos que iluminaram a
consciência na Mensagem eterna do Arauto do Céu.
No que nos cabe focalizar, em função do nosso humilde
aprendizado na Terra, procuremos proteger nossos irmãozinhos necessitados não
apenas de alimento e roupa, mas do pão do afeto e da luz que educa e eleva.
Somos todos filhos do Deus Único. É dentro desse
princípio de igualdade que assumimos, sob o Manto da Sua Misericórdia, a
condição de guias e fontes de auxílio dos menos afortunados que peregrinam
pelas estradas do desamparo desde o alvorecer dos seus dias no mundo.
O amor de Jesus não é só para ser amado e louvado, mas
para ser vivido e exemplificado. Entre as atitudes puramente cristãs que
conhecemos ressalta o serviço que acolhe e favorece a criança abandonada.
PADRE
GREGÓRIO WESTRUPP.
Fonte: Livro “CENTELHAS DA VIDA”, autores Eurícledes
Formiga e Espíritos Diversos, 1 ª. edição, Editora Instituto de Difusão
Espírita, Araras, SP, 1984.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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