“EGO
SUM”.
Eu sou quem sou.
Extremamente injusto
Seria, então, se não vos
declarasse,
Se vos mentisse, se
mistificasse
No Anonimato, sendo eu o
Augusto.
Sou eu que, com
intelecto de arbusto,
Jamais cri, e por mais
que procurasse,
Quer com Darwin, com
Haeckel, com Laplace,
Levantar-me do leito
Procusto.
Sou, que a rota etérica
transponho
Com a rapidez fantástica
do sonho,
Inexprimível nas
termologias.
O mesmo triste e
estrábico produto,
Atramente a gemer a
mágoa e o luto,
Nas mais contrárias
idiossincrasias.
AUGUSTO
DOS ANJOS.
PARAIBANO. Nasceu em
1884 e desencarnou em 1914, na Cidade de Leopoldina, Minas. Era professor no
Colégio Pedro II. Inconfundível pela bizarria da técnica, bem como dos assuntos
de sua predileção, deixou um só livro – Eu – que foi, aliás, suficiente para
lhe dar personalidade original.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO -
CÁRMEN CINIRA e outros autores - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ -
1935.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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