–TODOS SOMOS MÉDIUNS.
“Toda
pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos Espíritos, por isso
mesmo, é médium”. (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. XIV)
Todos
são médiuns – uns mais, outros menos.
Mas
nem todos renascem para uma tarefa específica na mediunidade.
A
mediunidade é exercitada no dia a dia, das mais variadas formas.
Como
o tato e a visão, que foram desenvolvendo-se no curso dos milênios, a
mediunidade vem-se desenvolvendo na criatura, desde tempos remotos.
Em
algumas pessoas, a mediunidade, de usando em quando, da sinal de sua presença,
através de pressentimentos, visões, sonhos reveladores.
Outras
podem atravessar a experiência física, sem perceberem em si nenhuma manifestação
medinanímica digna de nota.
A
telepatia entre os homens, ou a chamada “telegrafia humana” é uma das nuances
da mediunidade. Atentassem os encarnados para o referido fenômeno, e a
mediunidade se lhes desenvolveria de forma mais completa.
Existem
pessoas que, seja pelo seu débito cármico, seja pelo seu merecimento, trazem a
mediunidade “a flor da pele”... elas tiveram no passado um tipo de vida que
lhes possibilitou o progresso nesse sentido. Aprenderam a exercitar a mente,
viveram de forma solitária, foram vampirizados por entidades espirituais que
lhes “precipitaram” as forças de natureza psíquica.
Esses
irmãos a que nos referimos – pelo menos a grande maioria – são os que trabalham
como médiuns nos Centros espíritas, no exercício da caridade legítima. Às
vezes, enfrentam dificuldades no que tange à disciplina e à perseverança, já
que a mediunidade, embora seja uma conquista, não significa, em si mesma,
atestado de evolução moral.
Raros
medianeiros reencarnaram investidos de mandato mediúnico, ou seja, raros Têm
uma missão especial a desempenhar na mediunidade.
Ter
mediunidade a desenvolver não significa que a pessoas esteja preparada para ser
médium na atual encarnação.
P
dirigente espírita, ou o responsável pela orientação mediúnica no Centro Espírita,
deve abster-se de dizer a qualquer um que precisa desenvolver a mediunidade,
nos termos pelos quais a maioria entende esse desenvolvimento. É preciso que
ele tenha um conhecimento razoável da doutrina e esteja sintonizado com os bons
Espíritos, para que, através da intuição, possa promover uma espécie de triagem
nos inúmeros candidatos que se apresentam para sentarem-se ao redor de uma
mesa.
É
necessário explicar-se que nem todos os médiuns têm a obrigação de “receber Espíritos”.
Poderão trabalhar no passe, na visita a enfermos, nas diferentes áreas de serviço
de assistência, na oratória...
Afirmou
Paulo de Tarso que há diversidade de dons espirituais e, parafraseando-o, diríamos
que há infinitas maneiras de exercer-se a mediunidade.
Pode
acontecer que, seja mais médium quem não recebe Espíritos do que quem recebe.
Quantos
não são convidados para uma reunião mediúnica e desistem, logo nos primeiros
dias? Quantos não pensam que a mediunidade lhes substituirá o esforço que cada
um deve fazer por si mesmo para progredir? Quantos não são atraídos pelo
maravilhoso, pelo sobrenatural, achando que a mediunidade seja um parque de
diversões?!...
Convidamos
os companheiros espíritas a refletirmos juntos sobre o assunto, já que
observamos muitos amigos que, mal batendo às portas do Centro Espírita, vão
logo escutando: - “Você tem que desenvolver a mediunidade...” E a pessoa fica
desorientada ou traumatizada, quando não incrédula.
Fonte: Livro Mediunidade e
Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o.
Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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