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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA. Nº. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO. Nº. 61. - TODOS SOMOS MÉDIUNS. - ODILON FERNANDES. (CARLOS A BACCELLI.)


                                    –TODOS SOMOS MÉDIUNS.

            “Toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos Espíritos, por isso mesmo, é médium”. (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. XIV)

            Todos são médiuns – uns mais, outros menos.
            Mas nem todos renascem para uma tarefa específica na mediunidade.
            A mediunidade é exercitada no dia a dia, das mais variadas formas.
          Como o tato e a visão, que foram desenvolvendo-se no curso dos milênios, a mediunidade vem-se desenvolvendo na criatura, desde tempos remotos.
          Em algumas pessoas, a mediunidade, de usando em quando, da sinal de sua presença, através de pressentimentos, visões, sonhos reveladores.
      Outras podem atravessar a experiência física, sem perceberem em si nenhuma manifestação medinanímica digna de nota.
            A telepatia entre os homens, ou a chamada “telegrafia humana” é uma das nuances da mediunidade. Atentassem os encarnados para o referido fenômeno, e a mediunidade se lhes desenvolveria de forma mais completa.
          Existem pessoas que, seja pelo seu débito cármico, seja pelo seu merecimento, trazem a mediunidade “a flor da pele”... elas tiveram no passado um tipo de vida que lhes possibilitou o progresso nesse sentido. Aprenderam a exercitar a mente, viveram de forma solitária, foram vampirizados por entidades espirituais que lhes “precipitaram” as forças de natureza psíquica.
            Esses irmãos a que nos referimos – pelo menos a grande maioria – são os que trabalham como médiuns nos Centros espíritas, no exercício da caridade legítima. Às vezes, enfrentam dificuldades no que tange à disciplina e à perseverança, já que a mediunidade, embora seja uma conquista, não significa, em si mesma, atestado de evolução moral.
            Raros medianeiros reencarnaram investidos de mandato mediúnico, ou seja, raros Têm uma missão especial a desempenhar na mediunidade.
            Ter mediunidade a desenvolver não significa que a pessoas esteja preparada para ser médium na atual encarnação.
            P dirigente espírita, ou o responsável pela orientação mediúnica no Centro Espírita, deve abster-se de dizer a qualquer um que precisa desenvolver a mediunidade, nos termos pelos quais a maioria entende esse desenvolvimento. É preciso que ele tenha um conhecimento razoável da doutrina e esteja sintonizado com os bons Espíritos, para que, através da intuição, possa promover uma espécie de triagem nos inúmeros candidatos que se apresentam para sentarem-se ao redor de uma mesa.
           É necessário explicar-se que nem todos os médiuns têm a obrigação de “receber Espíritos”. Poderão trabalhar no passe, na visita a enfermos, nas diferentes áreas de serviço de assistência, na oratória...
           Afirmou Paulo de Tarso que há diversidade de dons espirituais e, parafraseando-o, diríamos que há infinitas maneiras de exercer-se a mediunidade.
             Pode acontecer que, seja mais médium quem não recebe Espíritos do que quem recebe.
        Quantos não são convidados para uma reunião mediúnica e desistem, logo nos primeiros dias? Quantos não pensam que a mediunidade lhes substituirá o esforço que cada um deve fazer por si mesmo para progredir? Quantos não são atraídos pelo maravilhoso, pelo sobrenatural, achando que a mediunidade seja um parque de diversões?!...
          Convidamos os companheiros espíritas a refletirmos juntos sobre o assunto, já que observamos muitos amigos que, mal batendo às portas do Centro Espírita, vão logo escutando: - “Você tem que desenvolver a mediunidade...” E a pessoa fica desorientada ou traumatizada, quando não incrédula.

Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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