– GRUPO MEDIÚNICO.
“A prece e o recolhimento são condições essenciais: por isso, pode-se esperar como impossível a obtenção de alguma coisa em uma reunião de pessoas pouco sérias, ou que não estejam animadas de sentimentos simpáticos e benevolentes.” – (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. XIV)
O dirigente espírita deve utilizar-se da maior circunspecção possível na formação do grupo mediúnico.
Sabemos o quanto a influencia do meio pode interferir nas comunicações mediúnicas.
Os componentes do grupo mediúnico devem estar animados de sentimentos simpáticos e benevolentes, conforme os Espíritos Superiores disseram a Allan Kardec.
A princípio as reuniões mediúnicas eram realizadas publicamente. Elas tiveram agora, porém, que existe um esclarecimento mais amplo sobre a doutrina, é de bom alvitre que essas reuniões tenham um caráter de intimidade, notadamente as consagradas ao socorro espiritual.
Não nos referimos aqui àquelas reuniões em que, durante a sua realização ou sempre ao final, os médiuns recebem mensagens doutrinárias de interesse geral.
Os companheiros do grupo mediúnico devem ser pessoas integradas no Centro Espírita, afeitas ao estudo e ao trabalho.
Como todos ainda lidamos com a imperfeição, não se deve exigir perfeição de ninguém, mas não se pode olvidar a colocação de Kardec; “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que empreende para domar as suas más inclinações”.
Os integrantes do corpo devem cultivar a disciplina e não faltar às reuniões, a não ser por motivo reconhecidamente justo.
Os médiuns psicofônicos, ou de incorporação, devem ter em mente que os Espíritos os aguardam – necessitados que se encontram de se expressarem, e constitui uma grande frustração para eles quando isso ne se faz possível, pela ausência do irmão que lhes serviria de interprete.
Aos médiuns doutrinadores cabe a elevada função, junto aos Espíritos comunicantes, da terapia espiritual pela palavra e carecem, portanto, de dosar a verdade em amor. Nunca devem perder a simplicidade ou exlatar-se na argumentação, por mais provocados que sejam.
Os médiuns ditos de sustentação são aqueles que se especializam no sentido de manterem o bom padrão vibratório da reunião, através da prece silenciosa e dos pensamentos fraternos que emitem em auxilio dos companheiros encarnados e desencarnados. Têm uma importância muito maior que comumente se pensa.
Sendo cada Espírito um mundo por si, a doutrinação deve ser conduzida naturalmente, não excedendo o prazo de dez minutos, para não cansar o médium e tomar o lugar de outra entidade que precisa externar-se.
O médium doutrinador não deve esperar que o Espírito modifique o seu modo de pensar num diálogo rápido. A sua função básica é fornecer a ele um novo acervo de idéias para as suas conclusões pessoais. Jamais se esqueça que o Espírito é apenas uma pessoa desencarnada.
Evidentemente, cada reunião mediúnica tem a sua característica própria.
Grupos existem que se comprometeram, por exemplo, a trabalhar com “Espíritos suicidas”. Encontramos médiuns que tem maior facilidade de sintonizarem-se com Espíritos endurecidos, do ponto de vista religioso.
O assunto mediunidade é tão vasto quanto complexo, mas, quando se tem discernimento, tudo fica mais fácil, porque o que ainda não se sabe, pode se intuir...
A indisciplina e a falta de sinceridade são dos maiores entraves à sobrevivência do grupo mediúnico.
O médium deve procurar compreender que ele é uma peça importante na engrenagem, mas não a mais importante e nem imprescindível.
O vedetismo mediúnico arrasa com qualquer médium e com qualquer grupo.
A reunião mediúnica dispensa qualquer aparato e formalismo, que não tem lugar dentro do Espiritismo, mas, a título de espontaneidade, não se deve faltar com o respeito que as coisas sérias reclamam.
Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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