V – EVOLUÇÃO.
“(...) se negligenciaram as mesas girantes, foi para ocuparem-se das consequências muito mais importantes em seus resultados: trocaram o alfabeto pela ciência (...) – (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. II)
No princípio, os Espíritos se sujeitaram ao fenômeno das “mesas girantes” porque se fazia mister chamar a atenção dos homens para a realidade espiritual.
Recordemo-nos de que o Senhor iniciou a sua divina missão no mundo transformando a água em vinho, nas Bodas de Canaã,
Ainda hoje esporadicamente, ocorrem manifestações físicas, no intuito de manter acesa a crença de que existe algo além túmulo, subtraindo a mente humana das ocupações materiais em que vive excessivamente mergulhada.
De quando em quando,despontam medianeiros realizando – digamos – verdadeiros prodígios, no caso de cirurgias psíquicas, com ou sem uso de instrumentos cortantes, e mobilizando a opinião pública. Esses companheiros, muito deles autênticos mártires da mediunidade, trabalham num campo difícil e quase sempre, quando não se valem do apoio da Doutrina, terminam os seus dias em situação lastimável.
Mas compreendemos que a comprovação científica da sobrevivência científica da sobrevivência não é tarefa específica do Espiritismo. Caberá à ciência materialista proclamar a veracidade das teses espíritas. Novos Williams Crookes haverão de surgir. Já não vemos, nos próprios países da “cortina de ferro”, médiuns não –espíritas estudados exaustivamente nos laboratórios, como se fossem autênticas cobaias humanas?
Os médiuns do Espiritismo são chamados a atuar num campo mais elevado, de vez que lhes cabe, junto aos Espíritos Superiores, prosseguir na obra de construção do imenso edifício doutrinário.
Em vão, esperar-se-ão nos Centros Espíritas reuniões espetaculares quais as do século passado, nos salões de Paris.
Se o homem não estiver preparado para receber mais do Alto ao invés de beneficiar-se, ele se comprometerá. Aqui, evocamos a imagem forte da palavra atribuída ao Senhor: Não atires pérolas aos porcos...”
Porventura, não se exercitam, na atualidade, os poderes da mente para fins belicistas?
Se o homem, de uma maneira geral, ainda não crê ser ele mesmo um Espírito, atribuindo a sua inteligência a “uma espécie de secreção das células do cérebro”, como acreditar que outros o possuam?
Todo o esforço da Espiritualidade Superior resume-se em orientar o homem para a autoconhecimento, ensinando-o a crescer interiormente a fim de de que ele encontre dentro de si as verdades que anseia por descobrir.
No Espiritismo, o tempo do Pentecostes já passou... Já não há necessidade de ver para crer.
Por outro lado, Espíritos preocupados com o atraso moral da Humanidade – Espíritos comprometidos com outras faixas do pensamento religioso – têm-se feito manifestar, ostensivamente, neste final de milênio, valendo-se da mediunidade latente dos profitentes das religiões de massa, numa tentativa de arrancá-los do marasmo mental em que vivem, despertando-os da hipnose secular a que foram submetidos. E muitos dos Espíritos que lhe “aparecem”, tomando a forma de figuras veneráveis por todo o mundo cristão, são os mesmos que, no passado, se responsabilizaram por tal estado de coisas.
Compreendamos tudo e sigamos adiante.
Saibamos manter-nos em equilíbrio no degrau da escala da evolução em que nos encontramos, até o momento de dar o próximo passo acima...
Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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