VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
7 º. Parte.
Foi assim que, em 1864, esse partido lhe deu uma votação
estrondosa, reelegendo-o, apesar do combate promovido pelos adversários e por
aqueles chefes superiores de seu próprio partido.
Sua popularidade crescia de dia para dia, o que lhe
propiciou ser eleito em 1867, deputado geral pelo distrito da corte, tendo de
vencer, não só os naturais adversários, como o governo e os chefes de seu
partido, pois todos tinham candidatos para guerreá-lo.
Se na Câmara Municipal o Dr. Bezerra de Menezes
conquistou os foros de inteligente, ilustrado, ativo e honesto, embora atacado
pelos inimigos que criou por não contemporizar com pretensões mal fundadas, na
Câmara dos Deputados fez seu nome conhecido do País, acompanhando a oposição ao
ministério Zacarias, contra o qual levantou muitas vezes sua voz, ferindo-o
profundamente.
A Câmara dos Deputados foi dissolvida em 1868, por efeito
da ascensão, ao poder, do Partido Conservador; o Dr. Bezerra de Menezes não aproveitou o tempo de que então
dispunha para descansar, ou cuidar de seus negócios particulares, mal amparados
em razão da sua dedicação aos negócios púnlicos, pelos quais perdeu clínica e
fortuna.
Durante os dez anos de domínio conservador, seu partido o
viu sempre incansável a lutar, quer nos comícios, quer na imprensa, tendo sido
um dos redatores da Reforma, órgão liberal da Corte.
Retirou-se por algum tempo de política, mas para servir
ao País, criando a companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, a mais
importante via férrea de província do Rio de Janeiro, o que levou a efeito,
vencendo dificuldades de todo o gênero.
Mal descansado de tão árdua missão, empenhou-se logo na
criação de outra companhia para a construção da via férrea de Santo Antônio de
Pádua, verdadeiro prosseguimento da Macaé a Campos, pois que seu plano era
levá-la até o Rio Doce, possibilitando que Minas Gerais tivesse, por esse modo,
um porto marítimo.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora
FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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