VI – MEDIUNIDADE INCONSCIENTE.
“O Espírito pode agir sem o concurso de um médium?
- Pode agir com desconhecimento do médium; quer dizer que muitas pessoas servem de auxiliares dos Espíritos para certos fenômenos, sem disso desconfiarem. O Espírito toma delas, como de uma fonte, o fluido animalizado de que tem necessidade; é assim que o concurso de um médium, tal como entendes, não é necessário, e é o que tem lugar, sobretudo, nos fenômenos espontâneos”. – (O Livro dos Médiuns – Segunda Parte – Cap. IV)
Para manifestar-se aos homens, o Espírito não pode agir sem o concurso do médium, o qual lhe é imprescindível. Sejam manifestações físicas ou intelectuais, em variada formas.
Na maioria dos casos, há participação consciente do médium.
A mediunidade inconsciente – repetimos – é rara, e preciso é que haja uma grande afinidade do médium com o Espírito, afinidade conquistada na convivência estreita, em vidas anteriores.
Na mediunidade inconsciente, há como uma acoplagem de mentes entre o espírito comunicante e o médium. Referimos-nos às comunicações intelectuais, porque, nas físicas ou materiais, há apenas uma junção de fluidos, para a produção do fenômeno.
Verdadeiramente, porém, entendemos por mediunidade inconsciente a sintonia natural estabelecida entre os homens e os Espíritos no cotidiano da vida. Explicamo-nos.
Quantos agem no mundo impulsionados pelos pensamentos dos Espíritos, sem o saberem?
Quantos chegam a repetir frases inteiras que lhe são como que “sussurradas” pelos desencarnados, sem que disso se deem conta?
Esse tipo de mediunidade inconsciente está bem próximo da intuição.
Quantos não registra ideias que lhes “brotam” aparentemente do nada, abrindo-lhes novas perspectivas?
De onde fluíram esses pensamentos? Do inconsciente? Mas, às vezes, as pessoas que os têm precisam valer de outras para as auxiliarem na decodificação da mensagem que recebem. E, não raro, têm que consultar livros que nunca manusearam.
O que se chama “presença de espírito”, ante esta ou aquela situação embaraçosa, pode ser a presença de um Espírito Amigo agindo com presteza.
Muitos querem a mediunidade inconsciente, mas não pensam nela por esse prisma que apresentamos. O curioso é que desejam estar conscientes da própria inconsciência no ato do fenômeno.
Não estamos fazendo jogo de maneira consciente, todavia posso registrar-lhe a surpresa crescente à medida que vamos escrevendo. A ideia, originalmente, flui do meu cérebro para o dele, mas acompanhando-lhe o cuidado em escolher as palavras que as represente no papel com a maior fidelidade possível. E anoto-lhe a frustração, quando não consegue. E lamento quando precisamos parar, a fim de que o dicionário seja consultado, porque a mente mediúnica muitas vezes se me mostra refratária, principalmente quando desejo empregar termos que lhe fogem o domínio.
Que os médiuns se conscientizem e estudem. Assim, grande parte dos obstáculos que nos separam serão removidos e os nossos caminhos aplainados, de modo que a nossa mensagem não chegue à Terra tão entrecortada e “cheia de ruídos”, a semelhança da comunicação telefônica de longa distância, efetuada sob tempestade.
Nota do Autor Espiritual – Como exemplo de mediunidade absolutamente inconsciente, temos os casos de obsessão, em que a “vítima”, em avançado grau de vacinação ou então, já subjugada, age sem nenhum controle sobre si mesma, sem reter, quando consegue retornar a realidade, nenhuma lembrança do que lhe ocorreu, ou se recorda de alguma cousa, essa recordação, fixando-se em seu consciente, são “sequelas obsessivas” que somente o tempo poderá afastar em definitivo.
Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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