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terça-feira, 29 de abril de 2014

- MENSAGEM E PENSAMENTOS PARA A MULHER. - N º. 110. - A MULHER E O ESPIRITISMO. - IGUALDADE DE DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER.

                   A MULHER E O ESPIRITISMO.

 IGUALDADE DE DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER.

            Todos os seres humanos, homens e mulheres, têm direitos iguais, embora desempenham papéis e funções diferentes na Terra. O dever de todos é de se ajudarem mutuamente a evoluir e a suportar as provas e os amargores da vida material. Todo privilégio a um ou a outro concedido é, pois, injusto. O Espírito pode reencarnar tanto num corpo masculino como num feminino, não devendo por isso ter maiores ou menores direitos. Ao espírito cabe progredir em tudo. Cada sexo, cada posição social, lhe proporciona provações e deveres especiais e, com isso, o ensejo de ganhar experiência. É, pois, princípio espiritual universal, consagrado pelo Espiritismo, a absoluta igualdade de direitos entre os seres humanos, independentemente do sexo, raça, cor, condição social, ideação religiosa, política ou econômica.
           
            No livro de Léon Denis, “DEPOIS DA MORTE” no capítulo LV, na página 316, denominado “QUESTÕES SOCIAIS”, encontramos a seguinte dissertação sobre a visão do autor com base na Doutrina codificada por Kardec:
            (...) A questão social não abrange somente as relações das classes entre si, abrange também a mulher de todas as classes entre si, abrange a mulher de todas as ordens, a mulher, essa grande sacrificada, à qual seria eqüitativo restituir-se os direitos naturais, uma situação digna, para que a família se torne mais forte, mais moralizada e mais unida. A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertado do jogo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
            A filosofia dos Espíritos, ensinando-nos que o corpo não passa de uma forma tomada por empréstimo, que o princípio da vida reside na alma e que a alma não tem sexo, estabelece a igualdade absoluta entre o homem e a mulher, sob o ponto de vista dos méritos. Os espíritas conferem à mulher uma grande parte nas suas reuniões e nos seus trabalhos. Nesse meio ela ocupa uma situação preponderante, porque é de entre elas que saem os melhores médiuns. A delicadeza do seu sistema nervoso torna-a mais apta a exercer essa missão.
            Os Espíritos afirmam que, encarnando de preferência no sexo feminino, se elevam mais rapidamente de vidas em vidas para a perfeição, pois, como mulher, adquirem mais facilmente estas virtudes soberanas: a paciência, a doçura, a bondade. Se a razão parece predominar no homem, na mulher o coração é mais vasto e mais profundo.
            A situação da mulher na sociedade é, geralmente, escurecida e, muitas vezes, escravizada; por isso, ela é mais elevada na vida espiritual, porque, quanto mais um ser é humilhado e sacrificado neste mundo, tanto maior mérito conquista perante a justiça eterna.
            Esse argumento, contudo, não pode ser invocado por aqueles que pretendem manter em tutela a mulher. Seria absurdo tirar pretexto dos gozos futuros para perpetuar as iniqüidades sociais. Nosso dever é trabalhar na medida das nossas forças, para realizar na Terra os desígnios da Providência.  
            Ora, a educação e o engrandecimento da mulher, a extinção do pauperismo, da ignorância e da guerra, a fusão das classes na solidariedade, o aperfeiçoamento humano, todas essas reformas fazem parte do plano divino, que não é outra coisa senão a própria lei de progresso. (...)

            Sobre esse tema, “IGUALDADE DE DIREITOS DO HOMEM E DA MULHER”, Allan Kardec, no “Livro dos Espíritos”, no capítulo IX, Lei de Igualdade, nas questões de números de 817 a 822, assim nos relata as respostas dos Espíritos:
 – Diante de Deus, o homem e a mulher são iguais e têm os mesmos direitos. Deus deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.
            A origem de inferioridade moral das mulheres em certos países, está relacionada ao império injusto e cruel que o homem tomou sobre ela. É um resultados das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre os homens pouco avançados, do ponto de vista moral, a força faz o direito.
            Indagando os Espíritos, Com que objetivo a mulher é fisicamente mais fraca do que o homem?
            Os Espíritos responderam que é para lhe assinalar funções particulares. O homem é para os trabalhos rudes, por ser o mais forte, a mulher para os trabalhos suaves, e ambos para se entreajudarem nas provas de uma vida plena de amargura.
 A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem. Deus deu ao homem, a força, para proteger a mulher, o fraco, e não para se servir dela.
Deus conformou a organização de cada ser às funções que deve cumprir. Se deu a mulher uma força física menor, dotou-a, ao mesmo tempo, de maior sensibilidade, relacionada com a delicadeza das funções materiais e a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.
 As funções para as quais a mulher está destinada pela Natureza têm uma importância tão grande quanto a do homem, e, até maiores; é ela que lhe dá as primeiras noções da vida.
Os homens e as mulheres, sendo iguais diante da lei de Deus, devem sê-los, igualmente, da lei dos homens. Esse é o primeiro princípio de justiça. Não façais aos outros o que não quereríeis que se vos fizessem.
            Segundo esses princípios, uma legislação para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher. 
De direitos, sim; de funções, não. É preciso que cada um esteja colocado no seu lugar. Que o homem se ocupe do exterior e a mulher do interior, cada um segundo a sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa deve consagrar a igualdade dos direitos entre o homem e a mulher, pois todo privilégio concedido a um, ou a outro, é contrário à justiça. A emancipação da mulher segue o progresso da civilização, sua subjugação caminha para a barbárie. Os sexos, aliás, não existem senão pela organização física, visto que os Espíritos podem tomar um e outro, não havendo diferença entre eles, sob esse aspecto, e, por conseguinte, devem gozar dos mesmos direitos.

Bibliografia Consultada:

Fonte:Manual e dicionário Básico de Espiritismo - Ariovaldo Caversan e Geziel Andrade - 2a. Edição - Editora e Gráfica do Interior / ABC do Interior.- Capivari, SP. Outubro de 1988.

            Fonte: Livro, DEPOIS DA MORTE, autor LÉON DENIS, 17 ª edição, Editora F. E. B., Rio de Janeiro, RJ, Novembro de 1991.

            Fonte: “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” - Allan Kardec - 54a. Edição - Editora LAKE - São Paulo, SP - 1994.


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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