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segunda-feira, 11 de março de 2013

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - Nº. 32. - 20 º. Parte. - SILVIO BRITO SOARES.


                VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
           
20 º. Parte. Um dia deixei de ir à Câmara dos Deputados, de que fazia parte, e, pelas duas horas da tarde, passeava, na varanda, lendo uma obra que me tinha chegado às mãos, quando me apareceu um vizinho, o Sr. Pinheiro, filho do Presidente da Relação Lisboa, e moço de inteligência bem cultivada.
O Sr. Pinheiro não conhecia o Espiritismo, se não de conversa, e como eu fazia experiência em mim, ele aproveitava a minha experiência, para fazer juízo sobre a verdade ou falsidade da nova Doutrina.
Depois dois primeiros cumprimentos, perguntou-me como ia eu com o tratamento espírita.
Respondi-lhe com estas palavras; “Estou bom; sinto apenas uma dorzinha nos quadris e uma fraqueza nas coxas, como quem está cansado de andar muito”.
Conversamos sobre o fato de minha cura em três meses, quando nada alcancei com a medicina oficial, em cinco anos, e passamos a outros assuntos, até que, uma hora pouco mais ou menos depois, entrou meu primo com vidros de remédios e com um bilhete, escrito a lápis, que me mandava Nascimento, e que dizia:
“Não, meu amigo não estás bom como pensas.
“Esta dor nos quadris, que acusas, esta fraqueza nas coxas, são a prova de que a moléstia não está de todo debelada.
“És médico e sabes que muitas vezes elas parecem combatidas, mas fazem erupções, porventura perigosas.
            “Tua vida é necessária; continua teu tratamento”.
            É fácil compreender a surpresa, a admiração, o abalo profundo que produziu na minha alma um fato tão fora de tudo o que tinha visto em minha vida.
            Repetiram-se, da cidade, textualmente, as minhas palavras, como só poderia fazer quem estivesse ao alcance de ouvi-las!
            Efetivamente, calculado o tempo que leva o bonde da casa do Nascimento à minha, reconhecemos, eu e Pinheiro, que aquela resposta me fora dada, na cidade, precisamente à hora em que eu respondia, na Tijuca, à interpretação de meu visitante.
           Pode haver fatos mais importantes no domínio do Espiritismo; eu, porém, não tive ainda nenhum que me impressionasse como este, e, atendendo-se ao tempo em que ele se deu (quando eu estava sujeitando à prova experimental a nova doutrina), compreende-se que impressão poderia causar-me.
            Creio que se eu fosse ainda um incrédulo, desses que fecham os olhos para não ver, ainda assim não poderia resistir à impressão que me causou semelhante fato.
Saulo não teve, mais do que eu teria, razão para fazer-se Paulo.

                                               *

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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