OS CORPOS ESPIRITUAIS.
As sete
maravilhas do mundo são muito difundidas, no entanto, a maior das maravilhas é
esquecida: o corpo humano, que supera tudo o que existe de mais admirável na
Terra. Além dele, há uma infinidade de corpos sutis, que servem ao Espírito.
Com o passar dos tempos, a própria natureza deverá expor tais segredos em uma
revelação gradativa, mas permanente, para todas as criaturas.
Para muitos
estudiosos, essas verdades já são conhecidas, mas não na sua profundidade.
Pouco, mas muito pouco, se conhece acerca dos corpos espirituais que servem ao
Espírito imortal, na sua marcha de despertar. É de conhecimento comum, no seio
dos espiritualistas, as diversas dimensões espirituais existentes, onde se
encontram variados seres, movendo-se de acordo com sua capacidade de vida,
sendo necessário, para tanto, que tenham corpos compatíveis com o estado
alcançado. É por isso que deixamos os corpos e construímos outros que nos
possam proporcionar a tranqüilidade desejada.
No futuro, a
própria medicina, quando se interessar mais pelo bem coletivo, sem trocas
incompatíveis com a sua missão de curar e preservar a saúde pública, deverá
empenhar-se com todas as suas forças para fazer conhecido o corpo humano,
desenvolvendo essa luta benfeitora desde as escolas infantis, até as
universidades. O homem atual estraga seu veículo físico por desconhecer suas
funções, e quando conhece algumas delas, mesmo em se tratando de cientistas,
desconhece a assistência que deve ser dada à alma, não encontrando lógica em
levar uma vida disciplinada pela educação, altamente compensadora para a paz da
consciência.
Os tempos,
porém, estão chegando. Tempos do despertar espiritual das criaturas, cumprindo
assim o que disse o nosso Divino Mestre:
"Conhecereis
a verdade e ela vos libertará".
Os homens, mesmo
os mais adiantados na arte de conhecer os segredos da vida, estão dando agora
os primeiros passos no saber universal. É do querer de Deus, que todos os seus
filhos sintam e vivam a harmonia do Universo, cuja capacidade dorme dentro de
todas as consciências.
O nosso dever, a
ser alegremente cumprido, é levar aos nossos companheiros as condições
necessárias à sua educação, para que possam se preparar para o encontro com a
sabedoria. Quem desconhece a educação e o saber, vive às margens do caminho, ou
dorme o sono da ignorância. Já começou o movimento de nascimento da Luz nos
roteiros dos homens. Os clarins começam a tocar em todos os pontos da Terra. É
necessário que tenhamos ouvidos para ouvir e olhos para ver as claridades de
Deus.
A mediunidade,
muito combatida nas áreas onde os conservadores desejam interromper a evolução,
por desconhecerem sua ação benfeitora, é, pois, instrumento de grande valia
para o aprimoramento dos Espíritos que estagiam na Terra, com destino ao
Infinito.
A
nossa meta é conhecer, e conhecer mais; a nossa meta é descobrir, e descobrir
sempre. No entanto, como conhecer e descobrir os corpos espirituais, se
ignoramos o físico, primeiro degrau da escada de ascensão? Quem não deseja
estudar, quem reclama tempo para o seu próprio aprimoramento, deve sair da
porta de entrada da escola e deixar os outros passarem. Há aqueles que
encontram tempo para tudo isso. A esses, louvamos seus esforços e pedimos a
Cristo que os abençoe pela quebra das amarras que possibilitaram o alcance das
primeiras letras da compreensão das verdades espirituais eternas.
A doutrina dos
Espíritos já nos revelou as três divisões do corpo. O que se encontra mais
visível é o mais pesado, de vibrações mais baixas e, conseqüentemente, o mais
atrasado na escala da vida. Entre ele e a alma existe o intermediário - o
perispírito - constituindo já um grande avanço. Outras filosofias falam de
outros corpos, que o homem adquire no empuxo da evolução, e este assunto é,
podemos dizer, infinito. O Espírito conquista o conhecimento de outros corpos que
lhe serve, por evolução. Muitas outras coisas escapam ao nosso entendimento,
por não serem úteis ao nosso despertar, por enquanto. Por que saber a natureza
íntima do Cristo, dos corpos por Ele usados, se ainda não compreendemos um
simples perdão, que é capaz de nos livrar das baixas vibrações magnéticas dos
ofensores? Como saber ou querer saber a dimensão em que vive Jesus, se não
respeitamos as leis que vigoram onde vivemos? Somos ainda crianças e o
tratamento aplicado a nós deve ser compatível com o estado em que nos
encontramos. Esta é a lei e a justiça.
É bom que não
nos esqueçamos de que temos muitos corpos espirituais e que eles estão ligados
ao modo de vida que levamos. A nossa mente são mãos que plantam, e as sementes
são nossos desejos. A lavoura é imensa, no terreno da consciência. Tudo o que
se planta viceja, e quem planta é dono da colheita.
A humanidade
está passando por dentro de um alagadiço pegajoso, onde os fatos passados
prendem os pés das pessoas ao próprio chão dos acontecimentos. Devemos
perseverar com ânimo, na caminhada, até o fim da jornada, pois, adiante, o céu
é claro e a vida nos norteia para a Luz. Ninguém está isento do esforço
próprio. Devemos construir os nossos destinos com as bênçãos de Deus. Estamos
falando aos homens, que são Espíritos vestidos com a túnica da carne e que no
amanhã, estarão conosco, para instruírem os que ficaram.
Esta é uma
escola universal onde todos têm funções no proveito da própria vida. O tempo
perdido agora pode converter-se em lágrimas mais adiante. As horas não
valorizadas transformam-se em escuridão, nas nossas estradas.
Os ouvidos devem
ser abertos para a voz de quem já atravessou o limiar do túmulo, vivendo
experiências que podem servir a outros que deverão passar pelos mesmos
caminhos.
A literatura
espiritualista tem a missão de acordar quem dorme e fazer ouvir os surdos, para
que possam entender a vida e falar da vida para quem ainda não teve
oportunidade de ouvir. Meditemos no corpo físico, essa jóia divina, para
conhecê-lo, porque ele abre as portas da revelação dos outros corpos que
existem, dentro e fora dele, ajudando-nos a colher os grãos de luz da
felicidade.
Livro:
“SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª
edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..