APOIO FRATERNO.
O VÍCIO DE FUMAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS XXIII.
Pergunta - Todos
os fumantes inveterados, depois que desencarnam, sofrem no Além os efeitos
perniciosos do vício cultivado na Terra?
Ramatís - Após a desencarnação, é a lei de correspondência vibratória que realmente
regula o sofrimento ou o prazer de cada criatura, em conformidade com sua
escravidão ou libertação dos vícios da carne; assim, o sofrimento causado pela
impossibilidade de fumar, entre as almas desencarnadas, varia conforme o grau
de sua escravidão ao vício do fumo. As pessoas que fumam acidentalmente ou por
esporte, isto é, que só de vez em quando tomam de um cigarro, não contribuem
para a criação do desejo astral que mais tarde as poderá acicatar com veemência
no Além. Mas convém saberdes que, embora a bondade, o amor, a pureza, a
renúncia e a honestidade proporcionem às almas desencarnadas uma situação de paz
e entendimento espiritual, a saudade ou os estigmas dos vícios adquiridos na
terra continuarão a acicatar-lhes o perispírito, malgrado sejam elas dignas da
admiração do mundo! Daí a conveniência de se abandonar o vício do fumo antes da
desencarnação, pois o vício terreno é assunto individual, cuja solução requer a
decisão interior do próprio espírito e não depende da mudança de um para outro
plano da vida.
Há equívoco por parte de muitos reencarnacionistas, e mesmo de alguns espíritas,
em julgarem que as sensações da matéria, tais como a fome, a sede, o desejo de
ingerir bebidas alcoólicas ou de fumar, desaparecem com o corpo físico, na
terra. Doutrinadores há que insistem junto às entidades infelizes e viciadas, que
se comunicam em seus trabalhos mediúnicos, para que deixem de pensar no fumo,
no álcool, na sede ou na fome, porque tudo isso é apenas ilusão trazida da vida
carnal já extinta. Ignoram essas pessoas que o “desejo” reside no corpo astral e
não no corpo carnal, motivo pelo qual os infelizes que partem da Terra ainda escravizados
às paixões perniciosas e aos vícios perigosos, embora deixem de pensar nos
mesmos, são perseguidos pelo desejo vicioso e violento, porque partiram para o
Espaço sobrecarregados de resíduos tóxicos, que lhes acicatam acerbamente o
corpo astral. Só depois de os drenarem para fora de sua indumentária
perispiritual, é que se poderão livrar dos desejos desregrados.
Na verdade, os vícios terrenos não devem ser encarados como “pecados” ofensivos
a Deus, mas apenas como grandes obstáculos e empecilhos terríveis que, em
seguida à desencarnação, se transformam em uma barreira indesejável mantendo o
espírito desencarnado sob o comando das sensações inferiores.
Quando através dos médiuns combatemos o uso do álcool, do fumo, a ingestão
da carne e outros costumes que causam embaraços à alma em sua vida perispiritual,
não o fazemos na condição de novos missionários ou profetas que excomungam
pecados e pecadores.
Agimos mais por espírito de solidariedade fraterna, compungidos ante a visão
dos quadros dolorosos que todos os dias presenciamos no lado de cá, vividos por
aqueles que partem da Terra profundamente viciados ao fumo, ao álcool, à carne
e outras práticas prejudiciais. Na verdade, o fumante que não tenta vencer o
seu vício, quando encarnado, arrisca-se a revivê-lo ainda mais intensamente quando
desencarnado.
Visto que o objetivo fundamental da evolução do espírito é a libertação
de todas as paixões, mazelas e desejos próprios dos mundos físicos, deve a alma
exercitar-se para a sua mais breve alforria espiritual e desligação definitiva
dos vícios que podem prendê-la cada vez mais aos ciclos tristes das encarnações
retificadoras. E o cigarro, embora vos pareça um vicio sem importância, é exigente
senhor que, ainda depois da desencarnação, obriga o espírito a render-lhe a
homenagem do desejo veemente e insatisfeito.
Fonte: Livro
FISIOLOGIA DA ALMA. – RAMATIS. – Psicografado pelo Médium HERCILIO MAES. – 15 ª
edição. – Editora do Conhecimento – Limeira, SP. – Ano 2010.
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