O ESTUDO SOBRE A
NATUREZA DO CRISTO VII.
VII — PREDIÇÃO DOS PROFETAS, COM RELAÇÃO A
JESUS.
Além das afirmações de Jesus e da opinião dos apóstolos, há um
testemunho cujo valor os crentes mais ortodoxos não poderiam contestar, pois
que o apontam constantemente como artigo de fé: é o do próprio Deus, isto é, o
dos profetas falando por inspiração e anunciando a vinda do Messias. Ora, aqui
vão as passagens da Bíblia consideradas como predição desse grande
acontecimento.
“Eu o vejo, porém não agora; olho-o, porém não de perto; uma
estrela proveio de Jacob e um cetro se elevou de Israel e traspassará os chefes
de Moab e destruirá todos os filhos de Seth.” (Números, 24:17.)
“Eu lhes suscitarei um profeta, como tu, dentre seus irmãos e porei na sua boca as minhas palavras e ele dirá o que eu lhe houver ordenado.
E dar-se-á que àquele que não escutar as palavras que ele houver dito em meu nome, a esse pedirei contas.” (Deuteronômio, 18:18 e 19.)
“Acontecerá, pois, quando
chegarem os dias de te ires com teus pais, que farei levantar-se a tua
posteridade depois de ti, um de teus
filhos, e estabelecerei o seu reino. Ele me construirá uma casa e eu
firmarei o seu trono para sempre. Ser-lhe-ei
pai e ele me será filho e dele não retirarei a minha misericórdia, como
a retirei daquele que foi antes de ti, e o estabelecerei na minha casa e no meu
reino para sempre e seu trono se afirmará para sempre.” (Paralipômenos, 17:11 a 14.)
“Eis por que o Senhor mesmo vos dará um sinal: uma virgem ficará
grávida e parirá um filho e ele se chamará Emmanuel.” (Isaías, 7:14.)
“Pois o menino nos nasceu, o Filho nos foi dado e o império foi
posto sobre seus ombros e chamar-se-lhe-á, seu nome, o Admirável, o
Conselheiro, o Deus forte, o Poderoso, o Pai da Eternidade, o Príncipe da paz.”
(Isaías, 9:5.)
“Aqui está meu servidor,
eu o sustentarei; é meu eleito, minha alma
pôs nele sua afeição; nele pus
o meu Espírito; ele exercerá a justiça entre as nações.
“Ele absolutamente não se retirará, nem se precipitará, até que
eu haja estabelecido a justiça na terra e os seres se submeterão à sua lei.”
(Isaías, 42:1 a 4.)
“Ele gozará do trabalho de sua alma e dele se fartará; e meu servo justo a muitos
justificará, pelo conhecimento que terão dele e ele próprio lhes arrebatará as
iniqüidades.” (Isaías, 53:11.)
“Rejubila-te ao extremo, filha de Sião; solta gritos de júbilo, filha
de Jerusalém! Eis que o teu rei a ti virá, justo e salvador humilde e montado
num jumento, sobre o potro de uma jumenta.
E eu farei desaparecer os carros de guerra de Efraim e os
cavalos de Jerusalém e o arco do combate também desaparecerá e o rei falará de
paz às nações. E sua dominação se estenderá de um mar a outro mar e do rio aos
extremos da terra.” (Zacarias, 9:9 e 10.)
“E ele (o Cristo) se manterá e governará pela força do Eterno e
com a magnificência do nome do Eterno
seu Deus. E eles voltarão e agora ele será glorificado até às
extremidades da terra e será ele quem fará a paz.” (Miquéias, 5:4.)
A distinção entre Deus e seu futuro enviado se acha aí caracterizada
do modo mais formal. Deus o designa por seu servidor, conseguintemente
por seu subordinado. Nada há, em suas palavras, que implique a idéia de
igualdade de poder, nem de consubstancialidade entre os dois seres.
Ter-se-ia Deus enganado e teriam visto com mais exatidão do que
ele os homens que vieram três séculos depois de Jesus-Cristo? Tal parece
ser a pretensão deles.
ALLAN
KARDEC.
Fonte: O Livro “OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a.
Edição. –Instituto de Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.
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