ESCLARECENDO AS DÚVIDAS DOS JOVENS!
OBRAS DE RAMATIS e ROUSTAING.
Por que há
uma certa reação contrárias às Obras de Ramatis? Algum comentário sobre as
Obras de Roustaing. Tem algo a ver com o Espiritismo?
Qualquer obra como é natural produz uma reação. Houve
uma reação inicial em relação ao “NOSSO LAR”. No entanto, aos poucos, a obra
foi sendo digerida e aceita pela maioria dos espíritas brasileiros, de tal
forma que, hoje, se constitui numa das obras mais procuradas e mais lidas. O
mesmo não aconteceu com Ramatis e com Roustaing, porque muitas coisas nesses
autores parece contrariar frontalmente uma visão e uma postura espírita, nos
moldes divulgados por Allan Kardec. Uma característica bem visível em Kardec é
o espírito critico de quem milita na doutrina, a partir de uma postura
racional, cientifica em relação a fenômenos, a revelações, aos “fatos
miraculosos”. Em suas obras particularmente em o “LIVRO DOS MÉDIUNS”, Kardec
revela com insistência essa preocupação, questionando todos os trabalhos que
não observam os mais elementares critérios de análise. Ele chega a mostrar que
não podemos aceitar todas as comunicações de forma passiva, nem mesmo aquelas
que aparentemente possam revelar altos conceitos morais, quando tivermos dúvidas
ou quando verificamos indícios de fraude ou mistificação. Isso, no entanto, não
quer dizer que não devamos ler essas obras, que devamos colocá-las no rol dos
“livros proibidos”. Alias, esta atitude não se coaduna com o Espiritismo, que
pretende que seus adeptos leiam de tudo, analisem tudo e retenham apenas aquilo
que é aproveitável, porque o Espiritismo não tem a pretensão de ser o dono da
verdade. Portanto, é interessante que voltemos a ler Kardec que, com seu
admirável bom senso, dá-nos uma orientação segura em termos de estudo,
experimentação e conhecimentos espíritas.
Pergunta elaborada por: Nelson de Oliveira Lemes. –
Santo Ângelo RS.
Fonte: Revista Informação – Ano XVI – Nº. 182. -
Janeiro de 1992.
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