Lembremo-nos de que Jesus, em nos
prometendo a vinda do Consolador, anunciava-nos, decerto, não a liberação
milagrosa de nossos compromissos perante a Lei, mas sim a presença da luz que
nos familiarizaria com a verdade.
E a verdade é que todos trazemos do
pretérito obscuro certa herança de sombras que valem por dores difíceis de
suportar na aflitiva liquidação de nossos erros.
Todos suplicamos, antes do
aprendizado terreno, os elementos indispensáveis à própria restauração.
Aqui, é alguém que pede o cálice de
moléstias amargas para a cura de complicados desequilíbrios do sentimento;ali,
é um coração que roga ensejos de entendimento e renúncia, em favor dos outros,
para atender à recuperação de si mesmo; enquanto que, mais além, há criaturas
que imploram o reencontro com rudes adversários no reduto doméstico e irmãos
que insistem por deter provas ásperas, no campo social em que sofrerão, de
retorno, as ondas de crueldade que arrojam de si no culto ominoso do egoísmo e
da vaidade.
Todavia, quando no Plano Físico,
recebendo os recursos por que suspiram, tocam a desvairar-se na inconformação e
no desespero, recusando, desorientados, o remédio que disputam, a benefício da
própria vida.
Temos, no entanto, na atualidade da
Terra, por acréscimo de Misericórdia Divina, o grande explicador no Espiritismo
Cristão, que nos consola e esclarece.
Descortinando-nos a causa das
aflições que nos terem, descerra-nos horizontes sempre mais belos, para que não
nos percamos no vale da indecisão.
Assim como o lavrador recebe o arado
para rasgar o abençoado sulco no solo, tanto quanto o aprendiz recolhe a lição
para aproveitá-la, saibamos encontrar na fé que nos ampara a força necessária
para ajusta solução de nossas dívidas, a fim de que tracemos renovados caminho
que nos conduza em paz à vitória da luz.
Fonte: Livro Linha 200, - autor Emmanuel, Francisco C.
Xavier, - 2 ª. edição, - Editora Cultura Espírita União (C. E. U.), - São
Paulo, SP, - 1981. –
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