A
FRENTE DOS SUPERIORES.
A senhora comparecia, pontual, na
instituição beneficente, consolando os sofredores.
Aqui oferecia bolos e frutas.
Ali, servia coquetéis de vitaminas
feitos em casa por ela mesma.
Depois, falava na paciência e na
conformidade.
Se um dos velinhos internados pedia
informes, respondia em voz doce e calma.
Se uma criança surgia choramingas,
tomava o petiz nos braços e pronunciava frases de amor.
E todos, ao vê-La, de semana a
semana, definiam-na, atenciosos:
- Senhora humilde!
- A brandura em pessoa!
- Humildade perfeita!
Certo domingo, a inspetora de
higiene veio ao pavilhão em que a dama se fizera extremamente benquista pelas
virtudes que demonstrava e tomou providências gerais a benefício da casa.
Limpeza, mais água,, janelas mais
amplas e cooperação médica...
E ao dirigir-se à humilde benfeitora
dos enfermos, recomendando-lhe a limitação das guloseimas e outras medidas
necessárias à disciplinarão do ambiente, a interpelada, com surpresa geral,
estourou em ditos ásperos...
*
Amigo, observemo-nos a nós mesmos.
Há muitos companheiros que sabem
exercer a humildade irrepreensível diante dos que deles se aproxima em
condições de subalternidade, mas à frente dos superiores, quando chamados pelas
circunstâncias, a fim de renovarem as atitudes, explodem de inesperado, em
crises terríveis de amor próprio ofendido, dando notícias do imenso vulcão de
orgulho que se lhes figurava completamente extinto no campo da alma.
Fonte: O Livro Bem-Aventurados os
Simples - pelo Espírito Valérium - Psicografado pelo Médium Waldo Vieira - 5a.
Edição - Editora FEB - Rio de Janeiro, RJ - 1982.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
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